AVISO:
Sr Fusão é apenas para uso externo. Se ao usar este endereço o seu computador for engolido acidentalmente você deve imediatamente desligar da tomada elétrica antes de procurar o conselho médico profissional.
Nós estamos sempre fazendo exatamente aquilo que queremos fazer. SEMPRE. Estejamos conscientes disso ou não. A vida é muito diferente para aquele que já se percebeu autor, o grande responsável, e não (mais) uma vítima dos acontecimentos, do meio externo, de si mesmo. É esta, pois, a importância de se fazer escolhas conscientemente (inclusive, escolher pensamentos ou como pensar)… Não para controlar os resultados, mas para ser verdadeiramente livre. Quando se está sempre só reagindo ou agindo baseado em impulsos ou condicionamentos, se está preso, escravizado por pensamentos e emoções que pensa não poder controlar. Assim, se é controlado pela mente, não é quem a controla. Entretanto, só é possível ser livre, só é possível mudar, evoluir, com algum grau de controle sobre si mesmo. Tal controle requer alguma consciência. Então, a maior e mais importante questão passa a ser: como crescer em consciência? Assim nos diz o Swami Dayananda Saraswati:
“Que é domínio da mente? É controlar ou investigar a massa cinzenta, as células do cérebro? Não. Aquilo que deve ser dominado não é o cérebro. O que deve ser dominado é a sua maneira de pensar. A mente é um caleidoscópio colorido de pensamentos fantasiosos que vêm e vão. Nem constante nem inquieta, sujeita a súbitos movimentos caprichosos, a mente é volúvel por natureza. Mas eu, o pensador, não necessito preencher as fantasias, nem ceder aos caprichos. Muitas são as fantasias e noções, isto é a mente. Mas eu sou a autoridade aprovadora.
Mesmo em termos relativos, a mente não é uma entidade definida, mas apenas uma coleção mutante de pensamentos moldados pela minha forma de pensar. Em geral, estas maneiras de pensar são de três tipos: impulsiva, na qual pensamentos não examinados, nascidos do instinto, mantêm o poder; mecânica, na qual um condicionamento prévio existente direciona a mente; e deliberada, onde o meu buddhi, a função avaliadora da mente, conscientemente examina as minhas idéias, aceitando-as ou descartando-as, de acordo com a minha estrutura de valores.
Existe um quarto modo de pensar: espontâneo, no qual os meus pensamentos, sem deliberação, concordam com os mais altos valores universais. Este tipo de pensar espontâneo só se manifesta, em nível absoluto, naquele que tem o autoconhecimento. Num nível relativo, o pensar espontâneo reflete o grau em que os valores universais se tornaram valores pessoais e assimilados. Em essência, o pensar espontâneo é o completo atmavinigraha (domínio sobre as minhas maneiras de pensar, sobre a mente). Como preparação para o autoconhecimento, no preocupamos com atmavinigraha relativo.
Atmavinigraha, domínio sobre minhas maneiras de pensar, pode ser somente relativo, uma vez que o completo controle requer conhecimento do Ser. Apenas este pode destruir por completo o domínio de gostos e aversões que impulsionam e condicionam minha maneira de pensar.
O que é domínio relativo? O domínio completo é caracterizado por espontaneidade. Se sou impulsivo ou condicionado, não sou um mestre. Se sou deliberado, não sou um mestre completo. Mas, através da deliberação, posso ser um mestre relativo. O domínio relativo é caracterizado por vigilância edeliberação. Tenho um domínio relativo sobre meus modos de pensar, quando racionalmente examino meus pensamentos e os aceito de maneira consciente ou os descarto. O domínio relativo significa tanto submeter todos os impulsos a um exame racional rigoroso como também quebrar qualquer hábito de cair no automatismo.
Tudo que envolve atmavinigraha é atenção e vigilância. Se estou alerta e consciente do que minha mente está fazendo, sempre terei escolha sobre a minha maneira de pensar. Com escolha, posso mudar. Posso submeter o comportamento aos valores. Com escolha, posso aprender com os erros. Com escolha, posso manter compromissos frente a distrações. A escolha requer um estado alerta, o que torna possível um domínio relativo sobre meus modos de pensar.”
Graças a importantes avanços técnicos,
a arte de marcar o tempo de forma ultraprecisa, vem avançado rapidamente nos
últimos anos. Hoje em dia, um bom Relógio de Césio marca os segundos com uma margem de erro
de 10-13, o que equivale a diferença de um segundo em 300.000 anos.
Mas os protótipos bem sucedidos de Relógios Ópticos que extraem o tempo de átomos de cálcio ou
íons de mercúrio, levaram os físicos a esperarem que dentro de três anos, essa
margem de erro baixe para 10-18.
Antes de prosseguir, que tal dar uma olhadinha na História dos Relógios para entender sua criação e evolução?
Ao longo da história, várias foram
as tentativas de se medir o tempo. Inicialmente a necessidade de marcar as divisões
do dia e da noite deu origem aos Relógios de Sol. Com o passar do tempo, por volta do século XIII,
o interesse por um instrumento mais confiável de medida, levou os artesões medievais
à construção do primeiro Relógio Mecânico. Este já atendia as necessidades dos mosteiros
e comunidades urbanas mas ainda não tinha precisão suficiente para aplicações
científicas, pois atrasavam ou adiantavam em média 15 minutos por dia.
No final de 1656, um jovem astrônomo e matemático chamado Christiaan Huygens
projetou o primeiro Relógio de Pêndulo , que era cem vezes mais preciso que os
seus antecessores, com uma variação de cerca de um minuto por semana.
Esse tipo de relógio foi muito utilizado até a descoberta de uma fonte de freqüência
extremamente uniforme e confiável: o quartzo. Os primeiros Relógios de Quartzo instalados em 1939, tinham variações de
apenas dois milésimos de segundo por dia. E no fim da segunda guerra, sua precisão
já tinha aumentado para o equivalente a um segundo a cada 30 anos. Mas a tecnologia
do quartzo também não permaneceu como padrão por muito tempo.
Em 1948 foi criado o primeiro Relógio Atômico baseado na freqüência de ressonância natural
do átomo, a oscilação entre dois de seus níveis de energia.
Na década de 50, experiências nos EUA e na Grã-Bretanha levaram ao desenvolvimento
do Relógio Atômico de Fonte de Césio . Hoje, o tempo marcado
por Relógios de Césio, tem uma precisão superior a um nanossegundo por dia.
Mas o que significa essa precisão? E o que na verdade quer dizer um segundo?
SEGUNDO
Em 1967, a definição internacional
do tempo passou a basear-se no átomo de césio, hoje, um segundo equivale a 9.192.631.770
oscilações da freqüência de ressonância natural deste elemento.
A partir de escalas de tempo fornecidas por 150 relógios atômicos distribuídos
pelo planeta, é calculada uma média ponderada, considerada o padrão primário
de freqüência. Dessa forma podemos dizer que a rigor para medir o tempo, os
relógios devem considerar o Césio, e essa é uma das grandes dificuldades dos
fabricantes de relógio.
A princípio
os relógios atômicos funcionam exatamente como todos os outros relógios, eles
possuem um oscilador que vibra regularmente e um contador que converte o número
de oscilações em segundos. Num Relógio de Césio , como veremos a seguir, esse
dispositivo não é mecânico (como um pêndulo), nem eletromecânico (como um cristal
de quartzo). É quantum-mecânico: um fóton de luz é absorvido pelo elétron da
camada externa do átomo de césio, fazendo com que este elétron inverta o seu
campo magnético e spin associado a ele. Ao contrário dos pêndulos e cristais, todos
os átomos de césio são idênticos e invertem o seu spin quando atingidos por
uma microondas de frequência 9.192.631.770 ciclos por segundo.
Mas nada é tão simples em Física Quântica. Para complicar as coisas temos o
Princípio de Incerteza de Heisenberg que estabelece limites
exatos para o grau de precisão com que é possível medir a frequência de um átomo
isolado. Para superar esse limite os cientistas consideram mais de um milhão
de átomos por vez. Como nesse caso não se trata de apenas uma medida, não transgride
as leis da mecânica quântica.
Mas as dificuldades não acabam aí, pois tal solução cria novos problemas. Dentro
de um relógio de césio um forno aquece o metal até este ferver tornando-se um
gás. Devido a energia térmica, os átomos aquecidos se movimentam aleatoriamente,
alguns se movimentam tão rápido que é como se para eles o tempo tivesse parado
(devido a relatividade ), enquanto para outros as microondas parecem
ter uma frequência maior ou menor do que realmente têm (devido ao efeito Doppler).
Mas dessa forma os átomos não se comportam mais de forma idêntica, e anteriormente
vimos que a vantagem do átomo sobre os outros osciladores (pendulo ou quartzo)
é justamente o fato de todos serem idênticos. Pois bem,o que será que Heisenberg
teria sugerido? Que tal abaixar a temperatura? Com a temperatura mais baixa,
a energia térmica também diminui e com ela a velocidade dos átomos, diminuindo
os efeitos relativísticos e de Doppler.
Atualmente
os quatro ou cinco melhores relógios atiram balas de césio super resfriado numa
câmara de microondas, como mostra a figura acima. Para condensar o gás aquecido
de césio numa bala, seis feixes de laser se intercruzam, desaceleram os átomos,
fazendo-os chegar a uma temperatura menor que dois microkelvins, quase repouso
total. Essas balas gasosas são lançadas numa cavidade de microonda, que altera
o spin do seu elétron da última camada do césio. Um laser de prova excita novamente
os átomos para descobrir quantos deles chegaram ao estado desejado. Um circuito
de realimentação ajusta a frequência da microonda até ela detectar a ressonância
natural do momento em que acontece a inversão do spin do átomo de césio, e liga
o contador do relógio.
Mas os relógios de fonte ainda deixam a desejar, já que para se obter um bom
segundo, deveríamos aumentar a altura da fonte. Hoje um relógio de fonte de
dois metros de altura, tem meio segundo para inverter o spin, para duplicar
esse tempo deveríamos quadruplicar a altura da fonte. Ao invés de abrir um buraco
no teto do laboratório, os cientistas pretendem levar os relógios de fonte para
o espaço. Com a gravidade zero, uma bala lançada a 15 centímetros por segundo
numa fonte de 74 centimetros, proporcionaria 5 a 10 segundos de observação,
aumentando assim a precisão na medida do segundo.
Relógios baseados em outros átomos vêm sendo desenvolvidos com o intuito de
aumentar ainda mais a precisão, e superar os problemas dos Relógios de fonte
de césio. Entre esses relógios destaca-se o Relógio Atômico Óptico , que se baseia num único átomo de cálcio
ou em íons de mercúrio. A margem de erro desse tipo de relógio será abaixo de
10-18.
O que o princípio
da incerteza diz essencialmente é que não existe meio de medir com precisão
as propriedades mais elementares do comportamento subatômico. Ou melhor, quanto
mais precisamente você mede uma propriedade menos precisamente você pode conhecer
outra. Mais certeza de uma, mais incerteza de outra.
Heisenberg, ao investigar as medições
comuns aos físicos, tais como: posição, velocidade, quantidade de movimento,
energia e tempo. Chegou a uma conclusão surpreendente que levou ao desenvolvimento
de sua teoria. No caso de partículas subatômicas, para observar por exemplo
a posição do elétron, era necessário fazer algo rebater nele - luz, por exemplo.
Em outras palavras, você tem que introduzir uma forma de radiação, a qual tem
sua própria energia, e essa energia vai perturbar o caminho do elétron em maior
ou menor grau. De fato, quanto mais precisamente se deseja medir a posição de
um elétron, mais energia deverá ser adicionada a radiação incidente, e portanto
maior será a variação na quantidade de movimento do elétron. No entanto, se
o que você deseja é medir a quantidade de movimento, então a interferência da
radiação deve ser minimizada, mas dessa forma, torna-se impossível determinar
precisamente a posição do elétron.
Resumindo,
radiação de alta energia dará a você dados mais precisos sobre a posição do
elétron em um dado momento, enquanto que destrói a evidência de sua velocidade
inicial. Radiação de baixa energia dará a você dados mais precisos sobre a rapidez
com que ele se move em um dado tempo, enquanto que encobre os dados sobre sua
localização. E o que é ainda mais estranho, o próprio ato de observar a posição
de um elétron vai fazer com que ele "se comporte" mais como uma partícula, enquanto
que o ato de medir sua energia fará com que ele "se comporte" mais como uma
onda.
Depois
dessas conclusões, Heisenberg definiu uma fórmula para expressar como se comporta
essa incerteza: Sendo dx a incerteza na posição, dp a incerteza na quantidade
de movimento e h a constante de Planck, o Princípio de Incerteza pode ser definido
como:
dx
dp > h
Ou ainda
dE
dt > h
Onde
dE é a incerteza na medida da energia e dt é a incerteza no tempo.
Isto
é, a incerteza nunca pode ser reduzida a zero, e quanto melhor você medir uma
quantidade mais incerta será a outra.
Não é que o nosso conhecimento sobre as partículas atômicas seja incerto porque
nossas técnicas de medição ainda não são suficientemente boas. O ponto é que
técnica alguma jamais poderá superar a incerteza fundamental do comportamento
de grandezas quânticas.
Em
termos práticos, o que o princípio da incerteza sugere é que você não pode tratar
partículas quânticas como se fossem iguais aos objetos de nossa vida diária
- objetos que podemos apontar e dizer: "Este objeto está aqui, agora, e é para
lá que ele está indo". Os aspectos essenciais de uma partícula (posição, velocidade,
quantidade de movimento, energia) nunca podem ser imediatamente observados com
precisão - o próprio ato da observação, inevitável e irremediavelmente, distorce
pelo menos uma dessas características.
É
o momento angular intrínseco de uma partícula subatômica. Na física atômica
e de partículas existem dois tipos de momento angular: o momento angular de
spin e o momento angular orbital. O spin é uma propriedade fundamental de todas
as partículas elementares e existe ainda que a partícula não se mova; o momento
angular orbital se deve ao movimento da partícula. O momento angular total de
uma partícula é uma combinação dos momentos angulares orbital e de spin. A teoria
quântica afirma que o momento angular de spins pode assumir determinados valores
discretos. Esses valores discretos se expressam como múltiplos inteiros ou semi-inteiros
da unidade fundamental do momento angular
As
moléculas constituintes da matéria estão em contínuo movimento, denominado agitação
térmica. A energia cinética associada a esse movimento é chamada energia térmica.
Podemos considerar a temperatura de um corpo como sendo a medida do grau de
agitação de suas moléculas. Dessa forma , supondo não haver mudanças de fase,
quando o corpo recebe energia térmica, suas moléculas passam a se agitar mais
intensamente: a temperatura aumenta. Ao perder energia, as moléculas do corpo
se agitam com menor intensidade: a temperatura diminui.
O relógio de
sol mais primitivo que se tem conhecimento, era constituido de uma haste vertical
fincada na terra. Associava-se o movimento da sombra provocada por esta haste
com o passar do tempo durante o dia, podia-se saber quanto tempo de luz ainda
restava antes de chegar o anoitecer. Mais tarde alguém teve a ótima idéia de
inclinar esta haste em direção ao polo celeste, dando origem ao primeiro quadrante
solar, fazendo com que as horas fossem razoavelmente iguais em todos os dias
do ano, melhorando muito a precisão da pequena vareta enfiada no chão. A preocupação
do homem com a medida do tempo foi ficando cada vez maior, o que levou a criação
do relógio
de água que eram usados para medir o tempo durante a noite ou quando não
havia sol. Mais tarde ainda surgiram as ampulhetas ou relógios de areia.
O Relógio de
Sol apresentava desvantagens: só funcionava no período diurno e em dias ensolarados.
Essa dificuldade fez com que se procurasse novas formas de medir o tempo. Observou-se
que um líquido em um reservatório, ao vazar por um pequeno orifício, mantinha
uma certa regularidade. A partir desta idéia, criou-se, então, o Relógio de
Água ou Clepsidra. Esses relógios constituíam-se por dois recipientes, marcados
com escalas uniformes de tempo, dispostos de forma que a água pudesse escoar,
por gotejamento, de um para o outro. Um flutuador (bóia) auxiliava as leituras
temporais. Esses relógios não eram muito precisos, devido à variação da temperatura
que alterava a viscosidade da água, tornando o fluxo irregular.
Os
primeiros relógios mecânicos foram construídos por volta de 1300. Eles possuiam
pesos descendentes (responsáveis pela força motriz), engrenagens (que transmitiam
a energia) e um dispositivo chamado escape (a peça mais inovadora dos primeiros
relógios mecânicos. O escape controla a rotação das engrenagens e transmite
a energia destinada a manter o movimento do oscilador, o qual por sua vez, regula
a velocidade de operação do relógio.
Este
foi UM DOS PRIMEIROS RELÓGIOS MECÂNICOS.
Construído entre 1327 e 1336. Encomendado por
Richard de Wallingford, matemático inglês e abade da
Abadia de Santo Albano, para ajudar os frades a
seguir a rotina diária.
Graças
aos seus estudos ,ao estabelecer as leis do pêndulo, Galileu viu nesse instrumento
a possibilidade de utiliza-los como reguladores de tempo, porem o inventor do
relógio utilizando os princípios do pêndulo foi Huygens em 1657. No relógio
de Huygens, o movimento do pêndulo, influenciado pela gravidade, substitui a
oscilação, movida por meios puramente mecânicos, do filiot horizontal. O rítmo
do pêndulo passa a regular a ação da haste do escape e a rotação das rodas,
as quais por sua vez, transmitem de forma mais confiável e precisa a ação de
mecânismo aos ponteiros do mostrador.
No
fim da década de 60, o oscilador mecânico foi substituido por um oscilador eletrônico
baseado no uso de transistores. Os cristais de quartzo são piezelétricos, ou
seja, vibram quando submetidos a uma diferença de potencial. Quando é conduzido
pela voltagem até sua frequencia harmônica, o cristal oscila de maneira ressonante,
como um sino. A saída do oscilador é então convertida em impulsos apropriados
aos circuitos digitais do relógio, que operam um visor digital ou ponteiros
acionados eletricamente.
Usando
uma elaborada tecnologia de laser e um único átomo de mercúrio, cientistas do
Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos Estados Unidos criaram o relógio
mais preciso do mundo. O aparelho, um novo tipo de relógio atômico, produz 1
quatrilhão de "tiques" por segundo - os atômicos atuais, de césio, batem num
intervalo 100 mil vezes menor. O chamado relógio óptico (porque utiliza um laser)
foi descrito na revista científica norte-americana "Science" (www.sciencemag.org).
Você
já percebeu que quando um carro passa buzinando, o som de sua buzina é mais
agudo quando se aproxima e mais grave quando está se afastando? Mas para quem
está dentro do veículo o tom não muda.
O que será que está acontecendo? Porque essa diferença?
Em 1842, Christian J. Doppler, um físico austríaco, conseguiu explicar porque
isso acontecia.
A
velocidade do som no ar é de 344 m/s a 20 ºC. Quando a fonte sonora se desloca
a uma velocidade relativamente grande, pelo menos uns 10% da velocidade do som,
as frentes de onda que se aproximam são comprimidas e o som parece mais agudo,
enquanto elas se rarefazem quando a fonte do som se afasta. Este fenômeno foi
chamado de efeito Doppler.
Na
luz, este efeito é mais difícil de ser observado. Um dos motivos é que a velocidade
da luz é muito grande, c = 300 000 000 m/s.
Hoje
o efeito Doppler é muito utilizado em instrumentos de medição, não ficando apenas
limitados aos fenômenos acústicos, os radares por exemplo, utilizam o Efeito
Doppler em ondas eletromagnéticas para detectar obstáculos.
Em
1924, Edwin Hubble analisando o espectro de galáxias distantes percebeu que
eram constituidas dos mesmos materiais já conhecidos, só que suas raias estavam
deslocadas para o vermelho. E quanto mais distantes maior o deslocamento para
o vermelho (redshift).
De
acordo com o efeito Doppler, quando uma fonte de luz está se aproximando do
observador a frequência recebida será maior do que a frequência real e quando
a fonte de luz está se afastando, a frequência recebida será menor do que a
real. Se observar o espectro eletromagnético abaixo, você perceberá que a frequência
da luz vermelha é a menor do espectro óptico, logo um deslocamento para o vermelho
significa que a fonte (uma galáxia, por exemplo) está se afastando.
Com
o Efeito Doppler podemos calcular a que velocidade uma galáxia está se afastando,
e foi com isso que surgiu a idéia de Universo em expanção.
A
teoria da relatividade é constituida por duas teorias diferentes: teoria da
relatividade restrita e teoria da relatividade geral. Neste texto vamos na teoria
da relatividade restrita que pode ser deduzida a partir de dois postulados propostos
por Einstein em 1905.
1-
Não se pode perceber o movimento absoluto.
2- A velocidade da luz é indepedente do movimento da fonte. Ou ainda, qualquer
observador mede sempre o mesmo valor para a velocidade da luz.
Muitas
das consequencias desses postulados contradizem o senso comum. Para entender
algumas dessas consequencias imagine o seguinte:
Uma
bola e dois meninos.
Um
desses meninos chuta a bola que adquire uma velocidade V1 e ao mesmo tempo começa
a correr com velocidade V2. O menino que continuou parado vê a bola se distanciando
com velocidade V1, já o menino que está correndo vê a bola se distanciando com
velocidade (V1 - V2).
Para entender melhor o que isso quer dizer imagine que a velocidade V1 da bola
seja 10m/s e que a velocidade V2 do menino seja 5m/s. O menino que está parado
vê a bola se distânciando a 10m/s, já para o menino que está correndo, a bola
parece estar a ( 10- 5= 5m/s ).
No
caso em que as velocidades são muito menores que a velocidade da luz ( c = 3
x 108 m/s ) esta relação é correta, mas se no lugar da bola tivéssemos
um feixe de luz, com velocidade c? O segundo menino veria o feixe com
velocidade (c - V2) ?
De
acordo com o segundo postulado, a velocidade da luz tem o mesmo valor para qualquer
observador, desta forma os dois meninos observarão a luz com a mesma velocidade
c. O que contraria o senso comum.
A incoerencia dos cálculos clássicos levaram a formulação da uma transformação
relativistica, que está de acordo com os postulados de Einstein. Esta transformação
é conhecida como Transformação de Lorentz:
Considerando
dois referenciais um parado e um se movendo com velocidade V sobre o eixo x:
A
transformação de Lorentz fica:
x'
= A ( x - V )
x
= A ( x' - V )
t'
= A ( t - Vx/c2)
t
= A ( t' + Vx'/c2)
Onde
A é uma constante dada por:
A
= ( 1 - V2/c2)-1/2
Se
observarmos a relação acima, poderemos perceber que quando V é muito menor que
c, A é igual a 1. Que é exatamente o caso clássico.
Várias
são as aplicações e consequências da transformação de Lorentz, uma delas é a
dilatação do tempo e a contração do espaço.
Se imaginarmos dois eventos acontecendo no mesmo referencial, um no instante
t1 e outro no instante t2 , a diferença de tempo entre
esses dois eventos neste referencial será ( t1-t2 = tp
) onde tp é chamado tempo próprio. Atravéz da Transformação de Lorentz,
podemos calcular qual seria diferença de tempo entre os dois eventos vistos
de outro referencial:
t'2
- t'1 = A (t2-Vx'/c2) - A (t1-Vx'/c2)
= A (t2 - t1)
t'
= A tp
Como
A é sempre maior do que 1, então o intervalo de tempo t' é sempre maior do que
tempo próprio tp, o que é conhecida como dilatação do tempo.
O
mesmo pode ser obtido para os comprimentos.
A distância entre dois eventos no mesmo referencial Lp poderá ser
encontrado em função de outro referencial atravéz da transformação de Lorentz,
o que resultará como mostra a equação abaixo, numa diminuição da distância.
L'
= Lp/A
Esse
efeito é conhecido como contração dos comprimentos ou contração de Lorentz.
Outra
várias consequencias podem ser obtidas atravéz da Transformação de Lorentz e
os Postulados de Einstein
Relógio atômico mais preciso do mundo marca novo recorde
Com informações do NPL, BBC e PSU - 26/08/2011
Este é o relógio mais preciso do mundo, um relógio atômico de fonte de césio.[Imagem: National Physical Laboratory]
Melhor que relógio suíço Uma nova aferição apontou que o relógio atômico do Laboratório de Física Nacional da Grã-Bretanha é o mais preciso do mundo. Segundo a pesquisa, feita por pesquisadores norte-americanos e britânicos, o relógio CsF2 tem uma precisão de 2,3 × 10-16 - ele atrasa ou adianta um segundo a cada 138 milhões de anos.
O recorde anterior era de um relógio atômico feito com um único átomo de mercúrio, que corre o risco de errar um segundo a cada 70 milhões de anos. Relógio de fonte de césio
O CsF2 é um relógio de fonte de césio que usa o movimento em forma de
fonte dos átomos de césio para determinar a duração de um segundo.
Os átomos são reunidos em maços de cerca de 100 milhões e
direcionados através de uma cavidade onde são expostos a ondas
eletromagnéticas.
Estas ondas estimulam o átomo para que ele oscile de forma regular. O
Sistema Internacional de Unidades (SI) considera que 9.192.631.770
ciclos de radiação equivalem a um segundo. Tempo internacional O novo relógio mais preciso do mundo
pertence é um dentre um grupo de relógios de fonte de césio que foram
construídas pelos laboratórios de tempo na Europa, nos Estados Unidos e
no Japão, para servir como "padrão primário de frequência" para a
medição de tempo. Estas medições nacionais são reunidas para a geração de uma
média para a produção do Tempo Atômico Internacional e do Tempo
Universal Coordenado, que são usados como escalas de tempo em todo o
mundo para tais processos críticos como as comunicações globais, navegação por satélite e tempo oficial para as transações financeiros e mercados de ações.
O método utilizado para melhorar o relógio do Reino Unido também
poderá servir para avaliar os relógios de fonte de césio de outros
países, melhorando substancialmente a medição mundial do tempo.
Como funciona o relógio atômico?
A princípio, de um jeito simples. Ele é basicamente um
relógio comum, movido a quartzo, mas com uma diferença: a hora que ele
marca é acertada sempre, sem parar. Isso porque os ajustes são feitos
com base em átomos que "vibram" de um jeito extremamente preciso,
bilhões de vezes por segundo. Por isso, esses relógios praticamente não
atrasam nem adiantam. Os mais modernos erram no máximo dois
bilionésimos, ou nanossegundos, por dia, contra dez milésimos dos
melhores relógios de quartzo. Assim, para perder ou ganhar um segundo,
um bom relógio atômico demoraria mais de 1 milhão de anos! E mesmo essas
incorreções mínimas são eliminadas por uma rede mundial com centenas
dessas máquinas interligadas via satélite. Parece exagero, mas não é.
Muitas coisas nem sequer existiriam sem esse grau de precisão.
O Sistema de Posicionamento Global (GPS), que serve, entre outras
coisas, para guiar via satélite os aviões, é uma delas. "O GPS diz a
posição de um avião, por exemplo, calculando o tempo com que um sinal
sai do satélite e chega à aeronave. Assim, um atraso de três
nanossegundos no relógio do satélite significa um erro de 1 metro em sua
posição", diz o físico americano Donald Sullivan, que comanda o relógio
atômico mais preciso do mundo, no Instituto Nacional de Padrões e
Tecnologia dos Estados Unidos. Com tanta exatidão, esses relógios,
criados em 1949, se tornaram a base da definição do tempo. Desde 1967, o
intervalo de um segundo foi determinado como o tempo em que um átomo de
césio 133, o mais usado nos relógios, "oscila" 9 192 631 770 vezes.
Ajuste eternoÁtomos que vibram regulam os bilionésimos de segundos
1. Átomos de césio 133 são aquecidos e lançados em forma de raio
2. Ímãs separam os átomos capazes de receber energia
3. Aqui os átomos são expostos à energia em forma de ondas. Cada um
deles só absorverá a energia se as ondas estiverem em uma freqüência de 9
192 631 770 hertz, ou ciclos por segundo (veja quadro acima)
4. Um oscilador de quartzo (igual ao dos relógios comuns) ajusta o
mecanismo que envia ondas para ele lançar freqüências próximas àquela
que o césio pode absorver. A freqüência ainda não é exata, pois o
oscilador não é suficientemente preciso
5. Entre as diferentes ondas de freqüência, algumas estarão a exatos 9
192 631 770 hertz. Assim alguns átomos de césio receberão energia
6. Aqui os átomos que receberam energia são separados por ímãs e
identificados por um detector, que avisa ao oscilador que ele atingiu a
freqüência correta
7. A freqüência, agora exata, é dividida por 9 192 631 770 (o valor
dela em hertz). O resultado é um pulso por segundo, que é marcado pelo
relógio com precisão de bilionésimos. Para manter a exatidão, o processo
é repetido o tempo todo
Na onda certa
Freqüência é o número de ciclos — cristas e depressões — que uma onda
dá em um segundo. Se uma onda estiver acima (linha azul) ou abaixo
(linha amarela) de 9 192 631 770 ciclos por segundo, o átomo de césio
133 não receberá a energia que ela carrega. No caso do césio, esse longo
número é a sua freqüência de ressonância, aquela em que esse átomo
absorve ou emite energia (linha verde). Simplificando muito, é a
freqüência em que ele vibra