Na lição do Prana ou Energia Crística e na dos Chakras, falamos de uma energia especial denominada KUNDALINI, que se encontra localizada na parte inferior da coluna vertebral. Pedimos que faça uma revisão nas lições mencionadas, já que será a base para a compreensão desta lição.
Nesta época, cheia de temores, ansiedades e materialismo, a doutrina do conhecimento oculto, o esoterismo, o ocultismo, nos recorda verdades há muito tempo esquecidas. Nos permite entrar em contato direto com uma ordem de existências muito mais elevadas que o deste mundo físico terrestre. Das profundidades de nosso Ser recebemos orientação da mente Divina e contato com os Grandes Mestres, que nos abre o caminho que nos leva aos antiqüíssimos sendeiros do Mistério, além do tempo e do espaço. É urgente chegar à perfeição instintiva das Verdades Cósmicas, que para nós ocidentais, submergidos como estamos nas tradições do conhecimento empírico, tais crenças podem parecer presunções metafísicas ou fora da razão, ou experiência completamente abstrata, válidas somente para as pessoas que passam por ela. No princípio, o ser humano não somente possuía os cinco sentidos que temos na atualidade, senão doze. Perdemos sete faculdades com as quais se podiam evidenciar as grandes realidades nos diversos planos da existência. Por um grave erro que cometeu a humanidade quando nos encontrávamos no ciclo evolutivo da raça Lemuriana, há 18.000.000 de anos, fomos velados de observar essas realidades ao perder as faculdades. A este fato refere-se as diversas tradições de todos os povos como a caída do homem e na Bíblia se menciona como a saída do Éden.
Por isso é necessário recuperar aquelas sete faculdades perdidas e isto somente se consegue com o despertar da consciência, pela ascensão do KUNDALINI através dos chakras, até chegar ao cérebro. Daremos, em próximas lições, as chaves e práticas precisas para que escales os graus do caminho iniciático.
No centro do Chakra MULADRA ou Igreja de ÉFESO, no cóccix, há um quadrado amarelo que representa o elemento Terra. Dentro do quadrado aparece um triângulo invertido que encerra essa misteriosa energia chamada KUNDALINI. É também chamada “PODER DA SERPENTE” porque quando está imóvel fica enrolada com três voltas e meia, ao redor da base da coluna vertebral. Os místicos orientais denominam ao kundalini como o adormecido Shakti, um filamento mui resplandecente, que quando desperta produz um som sibilante como o de uma serpente açulada por um pau, sobe penetrando pela abertura do NADI SUSHUMA, atravessa os Chakras ou Igrejas, uma a uma, então realiza-se a mística união entre a DIVINA SHAKTI, que reside na base da coluna vertebral e o SENHOR SHIVA, que está assentado no SAHASRARA ou lotus de mil pétalas, situado na coroa da cabeça; é o matrimônio de SHIVA e SHAKTI; masculino e feminino, elétrico e magnético, solar e lunar, que produz o NIRVAKALPA SAMADHI (extasis), logrando o estudante a liberação. No esoterismo Cristão encontramos a simbologia daquela divina união na serpente que levantou Moisés no deserto, aquela serpente que sanava aos Israelitas.
Os Aztecas chamavam essa divina e misteriosa força como a Serpente preciosa de plumas de QUETZALLI, que quando subia através da coluna vertebral se transformava em QUETZALCOATL, o CRISTO CÓSMICO Nahuatl, a Ave maravilhosa de todas as transformações, a Ave Minerva, cujos terríveis segredos nenhum iniciado podia revelar. Essa SERPENTE é também o emblema Nahuatl, do fogo sagrado do Espírito Santo que ao subir pelo sétuplo canal da medula espinhal nos converte em Mestres do conhecimento Cósmico. Os Iniciados Árabes conhecem o kundalini como HADIT, a SERPENTE ALADA DE LUZ, serpente de místicos poderes na qual meditam os sábios.
Vamos fazer agora um estudo sobre a coluna vertebral, pois é de muito importância no conhecimento gnóstico. Deve o estudante começar por manter a coluna reta; isto é saudável e servirá para os exercícios de respiração.
A mitologia Hindu fala de uma montanha chamada MERU, que é o polo do mundo e está situada nalgum ponto de uma zona baixa na região polar do norte. É conhecida tradicionalmente como o lugar de residência dos gigantes, o pátio de recreio dos deuses Védicos; considera-se que o sistema cérebro espinhal do homem é análogo ao polo da terra e por isso chamam a coluna vertebral de monte MERU ou Meru-danda (a vara de Meru). Segundo as Sagradas Escrituras Hindus e a Doutrina Secreta dos Alquimistas medievais, cada corpo humano é um microcosmos que abarca em si todas as formas individuais de vida e configurações geográficas da criação, desde a mais baixa até a mais alta; é por isso que ao explorar-se outros planetas e mundos distantes, encontramos, em essência, o mesmo que há sobre a terra e dentro do homem. Tal conceito parecerá absurdo para aqueles que estão familiarizados somente com a Filosofia e ciência ocidental, que se ocupam somente do corpo físico e da matéria densa; porém, para o esoterista, acostumado a sondar o lado invisível da natureza, não há nada de novo nessas idéias. Os filósofos herméticos e kabalistas afirmaram há muito tempo que “Tal como é acima é abaixo”.
A coluna vertebral compõe-se de 33 vértebras; estes são os 33 graus iniciáticos da maçonaria; os 33 anos do Mestre Jesus Cristo. Forma um canal protetor, oco, para a medula espinhal e no centro desta há um canal chamado CANALIS CENTRALIS e que os orientais denominam NADI SUSHUMNA e é por aí onde se eleva desde a base da medula até a cabeça a força mística chamada KUNDALINI (Isto nos recorda o conto iniciático “A Bela Adormecida”).
Por fora do canal Sushumna, a seus lados direito e esquerdo, respectivamente, há outros dois condutos importantes denominados NADI PINGALA e NADI IDA. No esoterismo Cristão são conhecidos como as duas olivas e os dois candelabros que estão diante do Deus da Terra. O canal IDA, que começa no testículo direito e termina na fossa nasal esquerda, é quente, solar. O canal PINGALA, que começa no testículo esquerdo e termina na fossa nasal direita é frio, lunar (na mulher é ao contrário e inicia nos ovários).
Por este par de canais ascende até o cérebro os átomos solares e lunares de nosso sistema seminal quando fazem contato no cóccix, despertando o Kundalini. Num ponto situado entre as sombrancelhas, os dois condutos se unem com o Sushumna, formando neste ponto um nó tríplice, conhecido como terceiro olho. A energia Crística conhecida como Prana, circula livremente através dos três condutos, determinando a função e o estado de saúde de nossos corpos físico e psíquico. Os kabalistas nos ensinam que os dois nadis se enroscam na espinha dorsal formando o Santo Oito, constituindo o Caduceu de Mercúrio. É interessante notar que o Caduceu de Mercúrio ou vara alada de Mercúrio, insígnia que usam os médicos como símbolo de seu ofício é uma representação diagramática do eixo cérebro espinhal invisível, pois antigamente os médicos eram grandes iniciados, Sacerdotes dos Templos de Mistérios e por essa razão adotaram tal símbolo. A vara representa a coluna dorsal e as duas serpentes que rodeiam a vara estão identificadas como os canais direito e esquerdo, Idá e Pingála; a pequena esfera que se encontra no extremo da vara, representa a glândula pineal e as asas são chamas que surgem quando o ardente Kundalini se eleva através do canal espinhal para por-se em contato com o SAHASRARA.
Quando o Kundalini desperta o devoto tem visões maravilhosas e ouve múltiplos sons; se desenvolvem todos os poderes da alma; o estudante vê uma luz brilhante igual a dez milhões de sóis juntos que resplandecem de alegria em uníssono com a Igreja de Éfeso. Deus não tem nenhuma figura, Deus é a coessência mesma com o espaço abstrato absoluto. Existe uma realidade básica universal absoluta e imutável, fora das dimensões do tempo e do espaço, de onde emanam todas as demais categorias de realidades, mais ou menos inestáveis ou duradouras e esta não poderia ser, evidentemente, uma entidade ou pessoa, pois quitaria o sentido que constitui sua própria natureza. Nas Teologias ocidentais a palavra Deus, criada para traduzir aquela mesma realidade, sofreu lamentavelmente distorções de conceito vindo a significar um ser, muitas vezes iracundo, furioso, vingativo, possuindo corpo, situação e posição dentro do conjunto universal. É impossível harmonizar o conceito deste tipo especial de ditador cósmico, que adoece ou padece dos mesmos defeitos característicos do ser humano comum e corrente, malvado, furioso, vingativo, com esse outro conceito real, exato, verdadeiro da sublime PRESENÇA DIVINA, PURA (sem esses defeitos que se lhe atribuem, sem nenhuma lógica).
Fora isso, a simples idéia de um Deus formal e externo com relação ao universo, o torna perecedouro, já que tudo o que tem forma desaparece quando chega o Pralaya (a noite cósmica).
De um local que vamos denominar Absoluto se desprendem átomos divinos, criando universos, como manifestação de uma causa original; na sucessão infinita de universos finitos, tem lugar a ETERNIDADE do Absoluto.
O atual universo em que vivemos é, portanto, uma manifestação da CAUSA ÚNICA, como também o foram os anteriormente formados e os que se formarão depois da desaparição do nosso.
Cada universo que se forma, desenvolve ao mesmo tempo os seres que nele aparecem, obedecendo a um plano de desenvolvimento. O tempo transcorrido entre a aparição do universo, primeiramente em forma sutil, depois, gradualmente, condensando-se para sutilizar-se suavemente e por fim ser absorvido, é de tal maneira imenso que em nossa mente não poderia chegar a formar-se uma idéia do mesmo. Durante esse período, em que tem lugar a evolução total do universo e dos seres que nele habitam formam-se sucessivamente os reinos da natureza, nos quais a evolução da forma permite, cada vez em maior grau, uma manifestação melhor de vida. Primeiro aparece a VIDA ENERGIA que evoluciona até a VIDA CONSCIÊNCIA como nova forma daquela primeira manifestação vital e esta progride até alcançar o estado divino.
Os universos são a manifestação do Absoluto e sua característica fundamental é o movimento; sem ele nada existe manifestado, porque sem movimento é impossível a evolução e a involução. O universo evoluciona e involuciona sempre e em conseqüência está em permanente movimento, desde o átomo até os maiores sistemas solares.
Somente aquele que não tem que evolucionar, o ABSOLUTO, totalmente infinito, não necessita mover-se. Através do universo o ABSOLUTO ou DEUS, como manifestação exige movimentos e toma três aspectos a fim de permitir sua criação: as energias positiva, negativa e neutra. Na religião ocidental, o PAI, o ESPÍRITO SANTO e o FILHO, as três polaridades indispensáveis para toda criação.
Nos estudos Esotéricos de Kabala, existe entre estas três forças, outro desdobramento, a Mãe Cósmica, que por sua vez desdobra-se em cinco aspectos: a Imanifestada Prakriti, a Mãe Natura, a Maga Elemental, a Mãe Íntima e a Mãe Morte. Cinco aspectos reunidos na Virgem Maria, Maya, Isis, em cujo ventre sempre virgem se engendram todas as formas e todos os mundos. Na realidade, o Espaço queda sempre virgem antes e depois da aparição da matéria, pois uma vez desaparecida ou retirada a mesma, o espaço permanece igual, em estado virginal.
O Pai é a origem, logo a energia penetra no espaço, quando o Espírito Santo fecunda a Virgem Cósmica, surgindo então a matéria: o Filho, CRISTO CÓSMICO; o espaço fica todo povoado de infinitas manifestações daquela energia em movimento, que são os átomos primordiais do universo em formação.
Este conhecimento é comum para todas as religiões, porém os homens falsearam o conhecimento que lhes havia sido dado originalmente. No entanto, nas ESCOLAS DE MISTÉRIOS sempre permaneceram toda a Sabedoria que agora estamos entregando.
Na religião Indostão encontramos que o Espírito Santo fecunda Virgem DEVAKI, da qual nasce KRISHNA, o Cristo da Índia. No Cristianismo Ocidental, a Virgem Maria é fecundada pelo Espírito Santo e nasce JESUS que logo encarna o CRISTO CÓSMICO. Entre os Aztecas, a Virgem TONANZIN é fecundada pelo Espírito Santo, nascendo QUETZACOALT, o CRISTO NAHUATL.
No pergaminho encontrado na Índia, ao qual os cientistas atribuíram mais de 25.000 anos de idade, encontrou-se os seguintes símbolos que representam a criação:
O CÍRCULO, que representa o Absoluto.
O CÍRCULO COM UM PONTO NO CENTRO, significando o Espaço Abstrato, o despertar do universo.
O CÍRCULO COM UMA LINHA DIAMETRAL HORIZONTALMENTE TRAÇADA, simbolizando que o Espaço tudo abarca, virgem e divino.
O CÍRCULO COM UM DIÂMETRO HORIZONTAL E UM VERTICAL FORMANDO CRUZ, representando o Espaço fecundado pela Energia (Espírito Santo), a origem da vida, a matéria.
Encontramos o Mistério da Trindade ao longo da História da Humanidade e suas religiões: OSIRIS, ISIS, HORUS, no Egito; BRAHMA, VISHNU, SHIVA, na Índia, PAI, FILHO, ESPÍRITO SANTO, no Cristianismo, etc.
Sabedoria, como Pai; amor, como Mãe; os cinco aspectos da Mãe Cósmica são:
A IMANIFESTADA, antes de toda criação; a MÃE NATURA, donde se gestam os universos, sistemas solares, mundos, etc.; a MAGA ELEMENTAL, que dá vida a cada planeta; a MÃE DIVINA PARTICULAR, de cada ser humano; Hecate, Proserpina, que regula dando morte a tudo o que cumpriu seu ciclo de manifestação. Cada ser vivente possui em si um desdobramento da Divina Mãe Cósmica; é a Mãe Divina particular, adorável e eterna, sem princípio nem fim, nela estão contidos todos os poderes sagrados da MONADA ou Divina Tríade de cada ser: ATMAN, BUDHI e MANAS.
Ela é nossa DIVINA MÃE DEVI KUNDALINI e nossa Mãe Particular em quem encontra-se todos os poderes de nosso próprio espírito; ela é o Kundalini, a SERPENTE ÍGNEA de nossos mágicos poderes, a Serpente Sagrada que dorme enroscada dentro do Chakra Muladara.
Maria, Mãe de Jesus, é a mesma MATRIPADMA, a DEVAMATRI, ADITI ou Espaço Cósmico, a Mãe dos Deuses; ela é Isis, Juno, Demeter, Ceros, Maya, Vênus, Heva, Sophia, Achamoth, Parvati, Uma, Tonanzin, Rea, Cibeles, Adshsnti, Rajeswari, Maha Saraswati, Tripurasndari, Maha Lakshmi, Adonia, Insoberta; ela é DEVI KUNDALINI ou melhor dizendo RAM-IO.
A eterna MÃE ESPAÇO tem três aspectos luminosos durante a manifestação cósmica e duas antíteses. Recordemos o simbolismo Kabalístico, o signo do infinito, o oito horizontal e igualado a um cinco ou que lido literalmente: INFINITO IGUAL A CINCO, isto é, o infinito é igual à PENTALFA, a estrela de cinco pontas ou pentágono regular estrelado que deteve a Mefistófeles o domínio na obra “O Dr. Fausto”, de Goethe.
Os cinco aspectos, como já dissemos, são:
1) A Imanifestada Kundalini, a Mãe Espaço (a Mãe Cósmica).
2) Isis, Diana, Adonia, Tonanzin, Maria (cuja manifestação é sabedoria, Amor e Poder).
3) Hecate grega, a Proserpina egípcia, a Coaticlue azteca, a Kali indú (a rainha dos infernos e a morte, terror de amor e lei). A que destroe o que já não serve (Desintegra o Eu Psicológico na Involução).
4) A Divina Mãe particular individual (aquela que criou nosso corpo físico; a que no laboratório humano uniu o óvulo com o espermatozóide para que surgisse a vida), (Elimina o Eu Psicológico com o Arcano AZF).
5) a mãe elemental instintiva (aquela que originou nossos instintos, nos dá a potência sexual e a força natural instintiva).
A eletricidade, o magnetismo universal, a força cósmica, as leis de sisão e gravidade planetária, foram criados pela Mãe Cósmica, todos os planetas, sistemas solares, galáxias que brilham, cintilam e palpitam no inalterável infinito, descansam no seio delicioso da Mãe Cósmica.
Devemos advertir que embora a Mãe Divina particular não tenha forma definida, pode apresentar-se ante o devoto com a forma de Maria, Isis, Rea, etc.
Nossa divina Mãe Kundalini nos conduz pela mão pela difícil senda da INICIAÇÃO, pela senda do FIO DA NAVALHA. Nossa Mãe particular abre os sete Chakras através da medula espinhal.
Depois de colocar-se numa posição cômoda, faça os exercícios de respiração, conforme já ensinamos. Depois pronuncie baixinho no princípio e mentalmente depois, os seguintes mantrams:
“Creio em Deus, creio em minha Mãe Divina Kundalini, creio na Loja Branca. Minha Mãe, tire-me em astral”.
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