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  Visitantes On-lineMais uma teoria que se junta às muitas… 
Construtores do monumento teriam reproduzido fenômeno de interferência acústica, acreditando se tratar de algo sobrenatural
O monumento megalítico do Stonehenge,  situado no sul da Inglaterra, cujas origens permanecem um mistério,  teria surgido de um efeito sonoro, segundo uma nova teoria apresentada  em uma importante conferência científica no Canadá.
Steven Waller, estudioso de arte  rupestre há 20 anos, interessado particularmente nos sons de sítios  antigos, afirmou na conferência da Associação Americana para o Avanço da  Ciência (AAAS), em Vancouver, que o fenômeno conhecido como interferência acústica impulsionou a construção deste monumento pré-histórico em particular.
A interferência acústica ocorre quando  duas fontes sonoras tocam a mesma nota ao mesmo tempo de locais  diferentes em um terreno. Quando um ouvinte passa, as ondas sonoras, ao  invés de fazer com que o ruído fique mais forte, rebatem uma na outra e  criam um efeito moderado.
“Seria possível pensar que dois  gaiteiros tocando gerariam um som mais alto do que o de um só, mas  quando a gente passa perto deles, o som modula e há alguns lugares quase  completamente em silêncio”, disse a jornalistas no fórum que reúne oito  mil cientistas até segunda-feira (20).
Waller acredita que este fenômeno tenha  inspirado a construção do círculo de pedra de Stonehenge, com seus 17  blocos verticais de pedra arenisca, que pesam até 45 toneladas, coroados  por seis capitéis alinhados na direção da saída do sol no solstício de  verão.
Para demonstrar sua teoria, Waller pediu  a voluntários que vendassem os olhos e experimentassem a mesma ilusão  sonora que os gaiteiros.
“Pedi que tirassem a venda e desenhassem  o que havia entre eles e o som”, disse Waller, relatando que os  desenhos que fizeram eram muito similares ao Stonehenge.
“Acho que esta mesma ilusão ocorreu há 5.000 anos, como se pode demonstrar hoje”, destacou o cientista.
“Uma experiência assim era terrivelmente  perturbadora no passado em que tudo o que era misterioso era  considerado mágico ou sobrenatural”, disse. “Penso que isto motivou os  construtores do Stonehenge a reproduzir a estrutura, recriando a mesma  ilusão… como uma visão que teriam tido de outro mundo”, acrescentou o  pesquisador.
Especula-se  que Stonehenge, um dos sítios arqueológicos mais conhecidos do mundo,  era um observatório astronômico pré-histórico, um templo solar ou um  local sagrado de cura.
Mitos antigos de todo o mundo evocam  crenças populares, segundo as quais o eco da voz era a resposta dos  espíritos, disse Waller.
A acústica parece ter sido usada pelas civilizações antigas para criar potentes espaços espirituais.
Um estudo feito por Miriam Kolar, da  Universidade de Stanford, na Califórnia, também apresentado esta  quinta-feira na conferência da AAAS, revela que os criadores do centro cerimonial de Chavin de Huantar, no Peru, há 3.000 anos, tinham conhecimentos de acústica.
Fonte: AFP
 

 
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