sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A Simbologia por trás do Capitão América

Estreou este ano um dos filmes mais aguardados do ano: “Capitão América”. O super herói em questão foi criado em 1941, no apogeu da Segunda Guerra Mundial, para imprimir na sociedade americana a idéia de patriotismo. Em suas primeiras aparições é possível vê-lo, ao lado de seu parceiro Bucky, combatendo vários inimigos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Capitão América
O filme conta a história de um franzino homem – Steve Rogers – que deseja de toda e qualquer forma participar da campanha americana na Segunda Guerra Mundial; Ao ser dispensado do exército, por sua saúde debilitada, Steve deixa claro que faria qualquer tipo de esforço para poder lutar pelos Estados Unidos. Qualquer esforço mesmo. Assim sendo, ele é convidado a participar de um experimento para a criação de super soldados. Aqui já podemos realizar nossa primeira reflexão sobre o Capitão América e seu simbolismo ocultista e mitológico.
A criação de super soldados sempre foi desejada por Adolf Hitler, líder nazista, que idealizava “fabricar” o Super Homem, arquétipo criado pelo escritor Nietzsche, em seu livro “Assim falou Zaratustra”. Todo o processo de eugenia nazista provou-se inconcebível, culminando com a morte de milhões de seres humanos no Holocausto.
A (re)criação do homem perfeito, com status de Deuses, também é muito estudada na mitologia. Diz-se na bíblia que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, ou seja, com o status divino. Mas este homem criado por Deus, ao comer do fruto da árvore proibida, perdeu este status. Mas somos nós Deuses? Agimos como Deuses? Claro que não. Olhemos à nossa volta. Olhemos a nós mesmos. Por isso a mitologia (com seus simbolismos) foi uma das formas encontradas para que os sábios de antigamente passassem às futuras gerações um conhecimento a respeito desta (re)criação, deste religare, desta volta à Deus.
Voltando ao filme, Steve aceita participar do projeto supersoldado, sendo injetado nele um soro especial, contendo radiação. Este soro ocasionou um crescimento físico geral, transformando o frágil e debilitado Steve em um supersoldado forte, musculoso, ágil e veloz: O Capitão América.
Aqui mais uma alegoria: Vemos que com uma pílula mágica (assim como em Matrix), ou com um supersoro, criamos um homem perfeito, da noite para o dia. Mas sabemos que a natureza não dá saltos, e é somente com muita vontade (thelema) é que conseguiremos forjar e alcançar o status de “Super homem”.
Ao observarmos as vestimentas do Capitão América, perceberemos que ele possui uma máscara com asas e um escudo. Aqui, mais um simbolismo: O Capitão América lembra-nos a Perseu, o herói mítico grego que decapitou a Medusa. Perseu possuía um escudo bem polido, tal qual um espelho, que a Deusa Atena deu a ele; O Deus dos infernos, Hades lhe deu um capacete que o tornava invisível, e o Deus Hermes deu as suas sandálias aladas, que lhe davam velocidade;
O Capitão América possui também sua máscara, mas esta não o torna invisível; A máscara possui asas, uma possível referência a Perseu e ao Deus Hermes, simbolizando a velocidade, uma das características do Capitão.
Mas sem sombra de dúvidas o aspecto que mais possui simbolismo em nosso supersoldado é seu escudo. Primeiro, pois o escudo é usado para atacar e defender-se de seus inimigos, assim como fez o herói mitológico Perseu. Segundo porque o escudo do Capitão América é composto por círculos concêntricos, com uma estrela de cinco pontas no meio.
Para o islamismo, o círculo é a forma mais perfeita que existe e é por este motivo que os movimentos de oração e culto são realizados em forma de círculo à volta do cubo negro – a Caaba. Já no budismo, estes mesmos círculos concêntricos são a representação da evolução da alma e do aperfeiçoamento interior. Já entre os celtas, o círculo é uma forma mágica de proteção, defesa e poder.
Na magia, o círculo mágico é formado de dois círculos concêntricos, com desenhos geométricos, e uma estrela no meio, dentro do círculo, sendo esta uma ferramenta mágica de comunicação entre os dois planos;A estrela que aparece no meio do escudo e em seu peito é o Pentagrama, símbolo muito conhecido no ocultismo. Com sua ponta para cima, como mostrada no escudo, significa (entre muitas coisas) proteção contra o mal, bondade e boa vontade. Mas também simboliza o planeta Vênus, e, particularmente, a parte feminina de Deus – a representação da nossa Divina Mãe particular – em seus cinco aspectos.
O escudo do Capitão América é forjado de uma liga de dois metais que apenas existem no Universo da Marvel Comics: Adamantium, que é o metal mais duro do universo, e o Vibranium, capaz de absorver toda e qualquer forma de energia, seja ela em forma de onda, vibração ou impacto. Assim o escudo do Capitão América torna-se indestrutível, absorvendo o impacto e a força de tudo que lhe atinge. Poderíamos dizer que o escudo, com seus círculos concêntricos, seu pentagrama e sua indestrutibilidade é uma alegoria da força que emana de nossa Divina Mãe Kundalini, símbolo do Terceiro Logos. Ela é quem nos protege de todo o mal, assim como o escudo protege nosso super herói.

Jovens profissionais apostam na bioética - {ts '2006-04-24 00:00:00'}

Um casal se separa deixando vários embriões congelados em uma clínica de reprodução assistida. Qual dos cônjuges terá direito a eles? O pai morre em um acidente. O bebê, nascido de um óvulo fecundado artificialmente pouco antes da morte, será seu herdeiro? O genoma deve ser patenteado pelo cientista que o decodificou? O consumidor pode se defender contra alimentos geneticamente modificados? Na eutanásia, quem decide? Até que ponto as pesquisas para novos medicamentos podem envolver seres humanos?
Todas essas são questões ligadas a um ramo do conhecimento que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo acadêmico, científico e empresarial: a bioética - o estudo da ética da vida. O bioeticista ajuda instituições como hospitais, laboratórios, clínicas, indústrias, familiares e pacientes a tomarem uma decisão difícil de forma consciente, esclarecendo todos os seus aspectos éticos. "É o facilitador sobre questões de valor que envolvem a vida", explica o padre Leo Pessini, coordenador do único mestrado (stricto sensu) em bioética do país, na Universidade São Camilo, que formará os primeiros mestres este ano.
Os estudos pioneiros sobre bioética surgiram nos anos 70, na Universidade de Wiscosin, nos Estados Unidos. Na Europa, eles se popularizaram na década de 80 e só nos anos 90 chegaram à Ásia e aos países em desenvolvimento. Os cientistas foram os primeiros a discutir sua utilização nos meios de pesquisa. Mas essa discussão não ficou restrita aos laboratórios de experimentação. Ao longo desses anos, muitos teólogos também se dedicaram ao assunto. Os recentes avanços tecnológicos em diversos campos da ciência e do meio-ambiente, entretanto, estão mudando o perfil de quem quer seguir carreira como bioeticista. 
Por seu caráter multidisciplinar, que engloba temas de áreas tão distintas como biossegurança e medicina, a bioética hoje atrai a atenção de profissionais com formações igualmente diversas. São administradores, engenheiros, médicos, advogados, jornalistas, biólogos, entre outros. Todos acreditam que esta será uma profissão de sucesso num futuro próximo, embora ainda não seja regulamentada no país.
No Brasil, os bioeticistas ainda são poucos. Existem cerca de 10 centros com programas de formação na área, enquanto nos EUA esse número chega a mais de 400. Na pós-graduação, por enquanto, só existe o curso da Universidade São Camilo. Nos hospitais brasileiros, os comitês de bioética ainda são raros.
Uma área onde os especialistas estão conseguindo oportunidades para atuar é nos comitês de ética em pesquisa.
Existem 450 espalhados pelo país, que envolvem a participação de 6 mil profissionais. Todos os comitês se reportam à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), criada em 1996 e ligada ao Ministério da Saúde. Dos 1500 projetos analisados pelo Conep no ano passado, 10% envolviam temas relacionados à genética, reprodução humana, novos medicamentos e biossegurança. "A aplicação da bioética é um passo à frente para o país, pois é um instrumento de controle social, representa a sociedade", diz William Saad Hossne, coordenador da comissão e uma das maiores autoridades em bioética do país. Ele foi o criador, em 1982, da Sociedade Brasileira de Bioética na Unesp de Botucatu, no estado de São Paulo. 
Os comitês, segundo Hossne, agregam profissionais com formações inusitadas. "Existem desde filósofos até juristas", dizOs participantes não recebem salário. "Para não haver conflito de interesses", explica. Isso não significa que não exista um bom espaço remunerado a ser ocupado pelos bioeticistas. A advogada Adriana Haas, 30 anos, está fazendo mestrado em bioética e pretende atuar como pesquisadora e professora. Ela vê outros caminhos, além dos que escolheu, a serem explorados pelos futuros especialistas da área.
"As clínicas de reprodução assistida são um exemplo", diz Adriana. Ela acredita no aumento da demanda por advogados especializados em bioética nesses negócios para ajudar a chegar a decisões em novos questionamentos. Como o que fazer com embriões congelados por mais de três anos que não foram retirados pelos responsáveis. "Isso representa um alto custo para elas", diz. A grande questão bioética nesse caso é se existe vida ou não nesses embriões e o que as clínicas teriam direito de fazer com eles.
A bioética, em breve, deve abrir campos de atuação em todas as áreas do direito. Na civil, na hora de determinar a sucessão e filiação relacionadas à reprodução artificial. Na âmbito ambiental, com a proliferação dos organismos geneticamente modificados, como os alimentos transgênicos. No direito do consumidor, o bioeticista poderá auxiliar o cidadão que quiser saber exatamente o que está consumindo. Até na área penal, deverão existir novas missões para os advogados no combate aos crimes genéticos. "Uma pessoa poderá roubar as características genéticas de outra se apoderando de um DNA decodificado", arrisca Adriana. Indo mais fundo na futurologia, ela lembra que o dia em que a clonagem humana for permitida, a Justiça terá muito para resolver. O clone legalmente será filho ou irmão do copiado?Por enquanto, a pergunta fica no ar.
Na medicina, as questões de cunho bioético são antigas. Desde o primeiro transplante de coração ocorrido em 1967, surgiram dúvidas sobre a definição de morte cerebral que ainda hoje são discutidas à exaustão, caso a caso. A eutanásia, cirurgias de risco durante a gravidez, aborto em pacientes com aids ou em estado de coma. Todos esses e inúmeros outros questionamentos podem ser analisados pelo viés bioético.
O médico psiquiatra Raul Marino Junior, desde que se formou nos anos 60, migrou para um braço polêmico das ciências médicas, a psicocirurgia. "É quando o tratamento requer intervenção no cérebro", explica. Para especializar-se, estudou nos EUA e no Canadá. Nessa busca por informação acabou se aproximando do estudo da bioética. Aos 69 anos, ele é um dos alunos mais experientes do mestrado da São Camilo. "Acho fundamental conhecer a validade da ética e da moral na medicina", diz. Atualmente, dirige o Instituto Neurológico da Beneficência Portuguesa em São Paulo e está escrevendo um livro sobre morte cerebral. "A bioética está se infiltrando em todos os ramos do conhecimento", diz.
Apesar da empregabilidade do bioeticista estar ligada mais ao futuro do que ao presente, muitos jovens abraçam a causa com a mesma paixão dos veteranos. O administrador de empresas, Walter da Silva Junior, 24 anos, encantou-se com o tema ao realizar um trabalho de iniciação científica no curso de administração na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Ao concluir o mestrado, ele pretende trocar a carreira de sete anos em uma consultoria empresarial, para tornar-se pesquisador e professor na área de bioética. "As discussões dos avanços científicos se tornam cada vez mais necessárias", diz. Ele destaca a biodiversidade. "Alguém com formação ética precisa avaliar a interferência do homem na natureza", diz. "Esse papel cabe ao bioeticista".
Fonte: Valor Econômico - 24/04/2006 -EU & Carreira
Por Stela Campos

Bioética: ■ substantivo feminino
Rubrica: biologia, ética.
Estudo dos problemas e implicações morais despertados pelas pesquisas científicas em biologia e medicina [A bioética abrange questões como a utilização de seres vivos em experimentos, a legitimidade moral do aborto ou da eutanásia, as implicações profundas da pesquisa e da prática no campo da genética etc].

domingo, 25 de dezembro de 2011

Símbolo de comunicação com os venusianos

Existem símbolos universais em todo o Cosmo, símbolos que representam também uma energia sagrada, como é o caso da energia divina do planeta Vênus.
Na Terra, o símbolo de Vênus é um círculo sobre uma cruz, ao contrário do símbolo da Terra, que é o de uma cruz sobre um círculo. (Sabemos que o círculo simboliza o espírito e a cruz, a materialidade, portanto, o símbolo da cruz sobre o círculo representa a vitória da matéria sobre o espírito, do Ego sobre a Essência; já o círculo sobre a cruz quer dizer que os seres humanos do planeta Vênus se autorrealizaram espiritualmente, que o Ser venceu o Egoísmo.)
O símbolo sagrado que agora divulgamos pelo GnosisOnline foi primeiramente ensinado pelo venerável mestre Rabolu, um dos principais discípulos gnósticos de Samael Aun Weor, o fundador da Gnose moderna.
Rabolu teve contato físico e astral com venusianos, que o visitaram no principal templo gnóstico da Colômbia, na década de 70, e o levaram, fisicamente, ao planeta Vênus.
Os venusianos, seres de altíssimo grau de consciência espiritual, eliminaram totalmente o ego de sua psique e vivem um paraíso de felicidade, e eles desejam que nós, os habitantes da Terra, sintamos a mesma felicidade espiritual que a totalidade dos venusianos sentem.
Rabolu recebeu inúmeros ensinamentos, e um dos presentes recebidos por esse grande mestre foi o símbolo de comunicação com os habitantes venusianos.
Quando pintamos esse símbolo e realizamos os mantras sagrados Solin Sala Ra para a invocação dos Irmãos do Cosmo, os venusianos sentem-se no dever de vir nos ajudar, não os venusianos que vivem no planeta Vênus, mas os que aqui cumprem alguma missão.
Sabemos que diversas pessoas foram contatadas pelos venusianos, entre eles o famosos contatados George Adamski e Salvador Villanueva Medina.
Como se pode realizar uma prática com esse símbolo de contato com os venusianos? Há duas formas: uma desenhando-o no chão, ou em um cartaz, e colocando-o no chão e realizando os mantras já ensinados e mentalizar que nossa invocação se dispersa pelo espaço sideral até alcançar os Irmãos do Cosmo. A outra forma é desenharmos um círculo de grandes proporções no chão e 9 pessoas se deitarem no chão, com a cabeça voltada para o centro, e realizar a prática do mantra sagrado.
Eis, então, estimados irmãos, o símbolo sagrado para chamarmos a atenção dos Irmãos do planeta Vênus. Boa sorte em vossos exercícios de Comunicação com os Extraterrestres.
O símbolo de contato com os Venusianos consiste de um círculo perfeito, tendo 9 cruzes (ou 9 pessoas deitadas, de braços abertos) dentro dele, todas com a cabeça voltada para o centro desse círculo.

Lição 23 curso de expanssão da consciencia

Todo estudante de ocultismo quer conhecimento direto, quer conhecer seus próprios progressos internos. A maior aspiração de todo estudante é poder converter-se num cidadão consciente dos mundos superiores e estudar diretamente com os Mestres. Desgraçadamente o esoterismo não é tão fácil como parece. A raça humana tem seus poderes internos completamente danificados, atrofiados. Os seres humanos perderam não somente seus sentidos físicos, senão também suas faculdades internas. Esse é o resultado KARMICO de nossos maus costumes. O estudante busca aqui e ali, lê e relê todo livro de esoterismo e magia que cai em suas mãos e o único que consegue o pobre aspirante é encher-se de terríveis dúvidas e confusões intelectuais. Existem milhares de teorias e milhares de autores. Uns repetem idéias dos outros. Aqueles refutam a estes, todos contra um e um contra todos; entre colegas ironizam-se e combatem-se mutuamente, uns contra outros e todos contra todos. Alguns autores aconselham o vegetarianismo e outros desaconselham. Aqueles aconselham práticas de exercícios respiratórios; estes os desaconselham. O resultado é espantoso para o buscador. Não sabe o que fazer. Anseia pela luz, suplica, clama e nada. Que fazer?
 
O Movimento Gnóstico conhece indivíduos sumamente místicos, “heróis de grupos”. Muitos deles são vegetarianos, abstêmios, virtuosos, etc., comumente sinceros, querem o bem de seus seguidores, porém suspiram como todos e sofrem secretamente. Jamais viram os planos de consciência Cósmica, planos ou mundos superiores dos quais fazem tão belos diagramas e tão interessantes descrições.
 
O ópio das teorias é mais amargo que a morte. O único caminho para reconquistar os poderes perdidos é a Transmutação Sexual, o Sexo Yoga, o Maithuna, o Grande Arcano, que tem a vantagem de regenerar o homem. O ser humano necessita regenerar-se e isto não é questão de autores nem de bibliotecas. Necessitamos trabalhar com o Arcano A. Z. F., com o grão, com a semente. Assim como a lagartixa pode regenerar sua cauda, assim também pode o homem regenerar seus poderes perdidos. A lagartixa e o gusano podem regenerar sua cauda com a força sexual que possuem. Assim, com essa força sexual, pode o homem repor, reconquistar seus poderes internos. Por esse caminho podem os sofridos peregrinos chegar ao conhecimento direto. Então converter-se-ão em verdadeiros dirigentes iluminados para seus fraternos grupos. Estas práticas não estão contra nenhuma religião, seita, escola ou crença, pois se chegarmos à síntese de cada uma delas, verificaremos que em suas origens possuíam as mesmas chaves.
 
Existe uma lei esotérica que diz: “Tal como é em cima é em baixo”.
 
Todo ser vivente que nasce pelo sexo (no mundo físico),  é lógico que acima, nos mundos internos, o processo é análogo. Os corpos solares têm que formar-se através do sexo, com a Magia Sexual entre esposo e esposa em lares legitimamente constituídos. Para que os veículos solares desenvolvam-se e robusteçam-se totalmente, necessitam de alimentação especial. A alimentação dos veículos fundamenta-se nos hidrogênios. No organismo físico fabricam-se os distintos hidrogênios com os quais alimentam-se os distintos corpos do homem. O corpo físico alimenta-se com o hidrogênio 48. O corpo astral tem como alimento básico o hidrogênio 24. O corpo mental: o hidrogênio 12, e o corpo causal: o hidrogênio 6. Toda substância transforma-se em determinado tipo de hidrogênio. Assim como são infinitas as substâncias e os modos de vida, são também infinitos os hidrogênios. Os corpos internos têm seus hidrogênios especiais e com eles se alimentam.
 
Aos Mestres da Loja Branca somente interessa a ascensão do Kundalini para avaliar o discípulo e por isso examinam e medem sua medula espinhal. Se o candidato não levantou a serpente, para eles este é um simples profano como qualquer outro, embora ocupe no mundo físico alguma elevada posição, ou seja, um Venerável em sua escola ou Loja, ou algum supremo hierarca. Se o Kundalini subiu três vértebras é considerado pelos Mestres como um iniciado de terceiro grau, e se somente uma vértebra, um iniciado de primeiro grau. Esta é a razão pela qual o Movimento Gnóstico não outorga graus por correspondência, pois o progresso do estudante é interno, resultante de sua própria dedicação e esforço, muito longe do que se pode catalogar pelo número de lições que recebe. Não se vende iniciações, nem é possível comprá-las. A Iniciação é a própria vida. É algo mui íntimo e secreto. O estudante deve fugir daquele que diga: “Tenho tantas iniciações, tantos graus”. É necessário afastar-se de todo aquele que diga: “Sou um Mestre de Mistérios Maiores, recebi tantas iniciações...”. Porque o que diz não é , e o que é não diz. “Por seus frutos os conhecereis”.
 
A melhor fonte de energia para regenerar o ser humano é indiscutivelmente a energia sexual, porém esta tem seu início potencial no laboratório gonádico e é precisamente disso que devemos falar concretamente.
 
No homem, por exemplo, os testículos são formados por três capas, assim: a central é formada na fase infantil, é o centro ou o núcleo de produção de células na criança inconsciente de seu sexo. A segunda capa produz as células seminais; esta desenvolve-se entre os sete e catorze anos de idade, quando o menino vai passando a adolescente. A terceira capa ou exterior desenvolve-se após os 14 anos; já produz espermatozóides maduros e uma grande potencialidade, energia em abundância. É claro que dessa idade em diante os espermatozóides amadurecem alternadamente, no testículo direito num mês e no esquerdo no mês seguinte. O mesmo ocorre com os óvulos maduros nos ovários femininos.
 
No jovem de 21 anos manifesta-se uma maneira distinta de percepção, anseia por independência, pensa de maneira diferente, desenvolve grandes projetos e tem uma grande capacidade de ação, inteligência, dinamismo e grande potência sexual; aí necessita de orientação mais exata para conduzir-se sabiamente, portanto é melhor educar a criança desde os 7 anos de idade nos mistérios sexuais, de forma progressiva.
 
Pela demasiada libertinagem e a vida agitada e desordenada, começa o homem a atrofiar esta terceira capa, mediante o gasto absurdo da força sexual, extraindo-a de seu corpo e convertendo-se num degenerado. O homem vai chegando pouco a pouco à maturidade, já sua mente não desenvolve nenhuma experiência nova de progressos vitais, ao contrário, a velhice começa a causar impotência sexual; já sua capa intermediária e exterior não produzem espermatozóides, então a máquina humana chega à decrepitude.
 
O desperdício da energia sexual que o homem ignorante gasta em prazeres é a causa causorum das enfermidades, velhice prematura, degeneração de seus valores, perda de memória, dos sentidos, decrepitude e morte.
 
Por isso é que enquanto o jovem é dinâmico, aberto ao novo, etc., o velho geralmente, salvo exceções, é teimoso, fechado, não aceita o novo, o prático. Isto se deve a que suas glândulas sexuais já não produzem espermatozóides capazes de despertar no ser humano a inteligência necessária para analisar, discernir e mais que tudo, para transformar a substância em energia, a energia em fogo, o fogo em consciência, a consciência em espírito. Quando o homem conserva os espermatozóides e os absorve dentro de seu mesmo corpo, por indução elétrica mediante a transmutação, esse homem que assim procede, jamais chegará à decrepitude e sua mente e valores intelectivos e conscientivos, assim como os propósitos místicos e espirituais, sempre estarão abertos ao novo, dispostos à investigação; será um velho com mente jovem e uma grande capacidade de ação porque suas capas testiculares estão em contínua produção de novos e maduros espermatozóides, que o homem transforma diariamente em inteligência, em sabedoria, em fogo, em consciência, em dinamismo, etc., mediante a transmutação sexual.
 
O homem atual tem conhecimento do poder germinativo da semente; publicamente fala-se de todas as sementes menos da semente humana, porque esse é o ponto nevrálgico do qual não se pode falar, já que libera o ser humano. Nós falamos da força sexual porque realmente é uma terrível força.
 
Todos conhecem os galos de briga; são de pouco peso e tamanho. Esses galos requerem um adestramento especial. Os proprietários os prendem com uma corda a uma estaca, desde pequenos, impedindo-os de cruzarem com as fêmeas. Assim crescem e sem conhecer a transmutação sexual, em seu organismo opera-se a absorção involuntária de sua própria semente e com essa terrível força torna-se um colosso cheio de energia e valente. Quando depara-se com um galo comum, pode matá-lo em minutos, embora este tenha peso bem superior ao seu. Os touros de combate desde novos são separados das fêmeas, tornando-se adultos sem tocá-las, operando-se também a absorção de sua própria energia sexual, porque essa besta não conhece a transmutação através da união sexual, que é justamente a capacidade do ser humano, de maneira que embora sendo um fenômeno inteiramente animal, o benefício que recebe aquele macho é extraordinário. Cria-se com uma bela estampa, cheio de força e agilidade, seu pelo brilha e seu preço supera ao do gado comum no mercado. Os homens constroem-lhe circos e pagam alto preço para vê-los morrer como valentes, nas touradas da Espanha, etc.
 
Aos cavalos de corrida se lhes chamam de potros e potrancas porque jamais os juntaram com éguas ou com cavalos sexualmente. Não tendo condições de transmutar a energia, somente opera-se a absorção de sua própria semente, isto é, um ato inteiramente animal e inconsciente e, no entanto, ficam bonitos, seu pelo brilha, tornam-se ágeis e velozes. Os criadores sabem que o cavalo perde matéria seminal com as ereções e para evitar que isso ocorra, colocam na glande do animal um arco metálico que impede as ereções. Isto é um segredo dos criadores. Os caríssimos hipódromos construídos para esses colossos cobram altas somas para que se possa assisti-los e milhares de pessoas no mundo dependem de seus favoritos, apostando em suas patas grandes somas. Todos eles são obra dessa poderosa força sexual. Quando um cavalo permanece somente um dia em conúbio sexual, no dia seguinte não rende no trabalho, se enche de suor e não pode com um homem que pesa oito vezes menos que ele. Os proprietários desses animais observaram que as potrancas sempre ganhavam dos cavalos de corrida, embora selecionassem os machos. Separaram os machos das fêmeas e observaram que as potrancas que nunca haviam cruzado tinham mais força e velocidade.
 
Se isto sucede com o animal irracional e em forma mecânica, o que não pode suceder com o ser humano, que possui inteligência e infinitas possibilidades, com seus poderes latentes esperando para serem desenvolvidos?
 
O homem produz força moral, porém essa força também se perde com a constante perda de energia sexual. Por isso que há tanta irresponsabilidade moral e os senhores moralistas esgotam sua energia privada e escrevem livros e novos textos sem saber onde se encontra o mal. Se um só espermatozóide tem o poder de criar um corpo tão perfeito como é o do ser humano, o que não podemos fazer com os outros milhões que nos sobram?
 
Por incrível que pareça, a ciência está mais perto da Transmutação e o Sexo-Yoga que muitos estudantes de esoterismo. A Endocrinologia está para produzir uma revolução criadora. Os homens de ciência sabem que as glândulas sexuais não são capsulas fechadas. Elas incretam e excretam hormônios. Os hormônios de excreção são chamados de conservadores porque perpetuam a espécie; os de increção denominam-se vitalizadores porque vitalizam o organismo humano. Este processo de increção hormonal é transmutação, transformação de um tipo de energia-matéria em outro tipo de energia-matéria. O Maithuna, a Magia Sexual é transmutação sexual intensificada. O Gnóstico increta, transmuta e sublima a totalidade da matéria-energia sexual. Os hormônios sexuais ricos e abundantes inundam o sistema circulatório do sangue e chegam às distintas glândulas de secreção interna, estimulando-as e incitando-as a trabalhar intensamente. Assim, com a transmutação sexual intensificada, as glândulas endócrinas ficam super estimuladas produzindo, como é natural, maior número de hormônios que vem a animar e modificar todo o sistema nervoso líquido.
 
A Ciência reconhece a transmutação sexual (hormônios de increção) em todo indivíduo de sexualidade normal. Agora é somente questão de avançar um pouco mais para reconhecer a Transmutação Sexual intensificada dos indivíduos suprasexuais. Quem estudar biologicamente os 32 símbolos capitais do Buddha, chegará à conclusão de que os caracteres secundários do Buddha eram os de um super-homem. Estes caracteres sexuais secundários do Buddha assinalam uma intensa transmutação sexual. O Buddha praticou o Maithuna, o Sexo Yoga. O Buddha deu este conhecimento secretamente a seus discípulos. O Buddhismo Zen e Cham ensinam o Maithuna. Os grandes iniciados de todos os tempos conheceram e praticaram o Arcano A.Z.F. secretamente.
 
Existem os caracteres sexuais primários e secundários. Os primeiros se relacionam com as funções sexuais dos órgãos criadores e os segundos com a distribuição das gorduras, formação de músculos, pêlos, fala, forma do corpo, etc. É claro que a forma do corpo da mulher é diferente da do varão. Também é certo que qualquer dano aos órgãos sexuais, modifica o organismo humano. Os caracteres sexuais secundários de um eunuco são os de um degenerado. Os caracteres sexuais secundários de um homossexual são de um pervertido, um infra-sexual. Que deduziríamos de um afeminado ou de uma mulher masculinizada? Que classe de caracteres primários corresponderiam a um sujeito com caracteres sexuais secundários opostos ao de seu próprio sexo? Não há dúvida de que em sujeitos assim existe o infrasexo.
 
A Yoga Sexual, a Maithuna, o Arcano A.Z.F., a Magia Sexual, é um tipo de funcionamento supra-sexual que modifica de fato os caracteres sexuais secundários, produzindo um novo tipo de homem, um homem superior. É absurdo supor que o homem superior pode resultar de crenças, teorias, sectarismos, fanatismos, escolas, etc. Realmente, o homem superior não depende do que se crê ou deixe de crer, da escola à qual pertençamos ou deixamos de pertencer. Os caracteres sexuais secundários somente se modificam cambiando os caracteres sexuais primários. Com o Maithuna os autênticos mutantes, iogues iniciados, conseguem modificar os caracteres sexuais secundários de forma positiva transcendental.
 
A Psicologia parecia estancada. Afortunadamente apareceu a Endocrinologia e a primeira tomou nova vida. Faz-se intentos para estudar a vida dos grandes homens baseados em seu tipo biológico. Diz-se, por exemplo, que a queda de Napoleão coincide com um processo decadente de sua glândula pituitária. Os caracteres psicológicos estão determinados pelas glândulas endócrinas e os caracteres sexuais primários.
 
O tipo bio-psicológico pertence aos caracteres sexuais secundários e está totalmente determinado pelos caracteres sexuais primários. Baseados nisso podemos afirmar que se quisermos o SER-BIOTIPO-PSICOLÓGICO, devemos trabalhar com os caracteres sexuais primários. Somente com o Maithuna logramos produzir o tipo Bio-Psicológico do Mestre, do Super-homem, do Mahatma.
 
Atualmente estão sendo difundidas, tanto no Oriente como no Ocidente, muitas doutrinas filosóficas fundamentadas no dogma da Evolução. Esta lei e sua irmã, a Involução, são forças mecânicas que se processam simultaneamente em toda a Natureza. Porém, a estas leis, atribuem-lhes coisas que não possuem. Isso que dizem que todos chegarão à liberação, à meta, através da Evolução mecânica, é uma fantasia das pessoas. Jesus, o Cristo, falou claro e nunca prometeu salvação a todos. O Grande Mestre enfatizou a tremenda e terrível dificuldade que implica a luta para entrar no Santum Regnum: “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos”. “De mil que me buscam, um me encontra; de mil que me encontram, um me segue; de mil que me segue, um é meu”.
 
Assim, não se trata de crer ou não crer, de auto considerar-se escolhido, ou de pertencer a tal ou qual organização. Tem-se que trabalhar com a Magia Sexual, tem-se que fazer um esforço com a semente dentro de nós mesmos, uma revolução interior intencional, ou de nada valerá.
 
Jesus, o Cristo, ensinou Magia Sexual: “E havia um homem dos Fariseus que se chamava Nicodemus, príncipe dos Judeus. Este veio a Jesus uma noite (em sua própria obscuridade) e disse-lhe: ‘Rabi, sabemos que viestes de Deus como Mestre, porque ninguém pode fazer esses sinais que Tu fazes se Deus não estiver com Ele’. Respondeu Jesus dizendo: Em verdade, em verdade vos digo, o que não nascer outra vez não pode ver o Reino de Deus” (Não se nasce de teorias, crenças, etc.; todo nascimento é sexual). Nicodemus ignorava o Grande Arcano e contestou em sua ignorância: “como pode um homem nascer sendo velho? Pode entrar outra vez no ventre de sua mãe?” Respondeu Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que o que não nascer da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus”. A água, as águas da vida, representadas em todas as escolas de todos os tempos é o Ens Seminis, a energia sexual, o líquido seminal, que tem como símbolo a água. O Grande Mestre terminou a entrevista dizendo: “Em verdade, em verdade vos digo, que o que sabemos falamos, o que temos visto testemunhamos e não recebeis nosso testemunho”.
 
A transmutação está mais clara em outra passagem da vida do Mestre, quando assiste às bodas de Canaã e converte, transmuta a água contida em sete cântaros de pedra, em vinho da melhor qualidade. Os sete cântaros de pedra nos mostra claramente os sete corpos do ser humano. A pedra representa o sexo e as águas da vida representam a energia sexual transmutada em vinho de luz do alquimista.
 
A Transmutação Sexual deve realizar-se somente nos lares ou matrimônios legitimamente constituídos. O casal deve unir-se sexualmente, com toda delicadeza, evitando a violência, a fim de conseguir o auto-controle e antes de chegar ao orgasmo devem separar-se para evitar a perda do líquido seminal. Tanto ela como ele, quando chegar o momento de separar-se, tomarão uma rápida inalação e comprimirão todos seus músculos, especialmente os esfíncteres ou músculos relacionados com a região anal e sexual, apertando fortemente e concentrados totalmente nessa região, unindo imaginação e vontade para que a energia não se escape, permanecendo assim até que esta esteja controlada. Depois farão inalações e exalações profundas, combinando com o mantram HAM SAH, assim: Ao inalar fortemente pronuncia-se o mantram HAM (jam) mentalmente, imaginando que a energia sobe, já transmutada em vapores seminais, pela coluna vertebral até o cérebro; ao exalar pronuncia-se verbalmente o mantram SAH (saj), ao mesmo tempo que vai exalando o ar. Isto se repete várias vezes e quando já está seguro que pode prosseguir com o Maithuna, pode unir-se novamente com a companheira tantas vezes quanto o permita a prática.
 
No princípio é extremamente difícil, pois desde a Lemúria estamos acostumados a desperdiçar nossa energia, porém nosso lema divisa é THELEMA (Vontade). As águas seminais transformam-se em vapores seminais por indução elétrica ao evitar o espasmo.
 
Este é o Grande Arcano, o Sahaja Maithuna, que esteve oculto em toda a Era de Peixes, só sendo estudado secretamente e sendo do conhecimento apenas dos Grandes Iniciados e aqueles discípulos preparados a quem era confiado o segredo com a condição de guardar absoluto silêncio.
 
O espasmo sexual, mesmo que se diga o contrário, não é a meta do prazer, senão que é um rápido tipo de curto-circuito, vindo depois a repulsa, o nojo, a decepção e não raras vezes o divórcio. Quando se evita o espasmo ou orgasmo as delícias do amor prolongam-se até o infinito sem jamais aparecer o cansaço, pois ao contrário, é a chave mágica para o rejuvenescimento diário, mantendo o corpo sadio e prolongando a vida, já que se dispõe de um fonte de saúde nessa constante magnetização e transmutação de energias. Ambos os cônjuges recebem o mesmo benefício, pois ambos transmutam seu tipo particular de energia.
 
A transmutação sexual foi praticada na Raça Lemur durante milhares de anos. Depois da separação dos sexos e no final dessa mesma Raça, a humanidade começou a derramar essa energia, trazendo como conseqüência a perda da elevada posição em que se encontrava, ocasião sabiamente descrita em todas as Teogonias como a “caída” e a “saída do Éden” (a fruta proibida).  Desde então o ser humano encontra-se no círculo vicioso de mortes e  nascimentos.
 
Através do sexo caimos tão baixo, por ele teremos que levantar-nos. Pela mesma porta teremos que regressar à Maestria, à perfeição anunciada por todas as Escolas, Seitas, Religiões, etc.
 
 
 
 
Depois de todos os preparativos para tuas práticas, vocalizarás durante 30 minutos o mantram CHOS.
Logo após esse período entrarás em meditação profunda, tal como foi ensinado na lição nº8.
Se possível, recomendamos queimar um pouco de incenso antes de iniciar tuas práticas.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Campanha da AnimaNaturalis e a Questão do Vegetarianismo

“Se todos os insetos desaparecessem da Terra, dentro de 50 anos, toda vida na Terra desapareceria. Se todos os humanos desaparecessem da Terra, dentro de 50 anos todas as formas de vida floresceriam.”

(Jonas Salk – 1914/1995 – Médico, Virologista, Epidemiologista)
“Se você sabe que isto é mal e, apesar de tudo, o faz, comete um pecado difícil de redimir.”
(G.i. Gurdjieff)

Mais uma campanha “chocante” em prol dos direitos dos animais, dessa vez uma iniciativa excelente e super criativa da AnimaNaturalis para (tentar) sensibilizar as pessoas para o fato de que animais não dão em árvores… Digo “tentar” sensibilizar, porque atualmente está cada vez mais difícil fazer isso, principalmente entre os jovens, que estão crescendo tão acostumados a filmes e jogos ultra-violentos, além dos noticiários que competem para mostrar o “melhor” ângulo da violência e da tragédia… Mas o importante é manter esse tipo de  iniciativa viva.

Interessante que notícias assim sempre geram comentários do tipo: “Ah, isso é só gente querendo aparecer”; ou “Diga para os leões/tigres/etc comerem capim” ou bobagens do gênero. O que mais me pasma é a completa falta de visão, consciência e sensibilidade de alguém que diz algo assim.

Já de um tempo que pensava em fazer um comentário pessoal sobre a questão do vegetarianismo aqui no InconscienteColetivo, e acho que essa notícia me dá o gancho ideal.

Primeiramente, faz-se necessário compreender que a grande questão do vegetarianismo não se resume apenas a uma opção mais saudável de dieta (é também, mas essa é a menor das preocupações nesse sentido). Toda essa briga pelo direito dos animais, está relacionada ao fato de que os animais se tornaram meros produtos de consumo de uma humanidade que não gosta de pensar que toda ação tem uma consequência, e que se é responsável por ambas; e que o planeta em que vivemos é um grande organismo vivo, cujo equilíbrio é constantemente ameaçado por uma única espécie animal: o homem.

O problema não é “apenas” matar um animal para comer. Os antigos faziam isso, comunidades indígenas, nossos antepassados. Portanto, a questão não está somente no matar para sobreviver, como no caso dos leões por exemplo. A questão é que nós tornamos o ato de matar animais para nossa alimentação num processo industrial. Nós criamos animais como se fossem produtos. Percebe? Leões não criam zebras em cativeiros apertados, sem luz do sol, à base de ração artificial e injeção, separando os filhotes das mães para criá-los como se fossem máquinas produtoras de carne e leite. Leões caçam somente o que necessitam para comer. As zebras vivem livres, têm chance de escapar ou se defender… Dá pra compreender a ESCANDALOSA diferença?

Então. Para sustentar a demanda mundial (que só cresce, afinal a população humana não pára de crescer) é preciso um número absurdo (mais de 50 bilhões de animais) de mortes. Afinal, nós centramos não apenas a nossa alimentação, mas a nossa cultura, no consumo da carne. Carne esta que não gostamos muito de pensar de onde vem nem como chegou até no balcão do supermercado… Muito menos de em que condições tudo aconteceu… como o animal foi criado, como foi abatido. Esses detalhes.

Mas deixe-me falar resumidamente sobre esses detalhes! Porque na realidade não são detalhes, são o pacote que você compra quando vai ao açougue, então é importante.
As vacas são ordenhadas por máquinas em uma estação de ordenha em uma fazenda
O que a maioria das pessoas não pára para analisar é que criar uma vaca, por exemplo, não é um processo rápido. Naturalmente, uma vaca não engorda a metade nem produz a metade do leite no curto espaço de tempo que uma indústria requer para que o processo seja economicamente viável. Então, o que se faz? Injeta-se hormônios e antibióticos nos animais para compensar a “lentidão da natureza”. Só que esse tipo de prática não acontece sem riscos. Há uns anos atrás foi estimado que cerca de 9 milhões de vacas na América do Norte eram doentes. Pelo menos metade dos rebanhos sofria de leucemia e doença de Crohn. Injeta-se hormônios para acelerar as coisas, o animal adoece, injeta-se antibióticos e medicamentos para que este não morra antes de cumprir com sua cota de produção… E as pessoas ingerem, por tabela, TUDO isso.

A indústria da carne cria animais como se fossem máquinas, em espaços confinados, sem grandes preocupações com o tipo de vida que os animais levam. A preocupação é com que a produção seja realizada da forma mais barata e rápida possível, e ocupando também o menor espaço possível (por isso o confinamento em pequenos espaços). E não há como ser de outro modo, já que a demanda por carne é assombrosa. A população sempre quer mais carne!
Então, como funciona o processo? Continuando no exemplo das vacas, cria-se as vacas em espaços pequenos (como mostrado na figura acima), muitas vezes tão pequenos que elas não conseguem nem dar a volta, para que “economizem” energia apenas para produzir leite/carne. Para que cresçam mais rápido, como mencionei antes, são injetados hormônios, alterando o animal geneticamente para tal. O confinamento, o estresse, a constante proximidade com os outros animais – amontoamento, na verdade – acabam causando muitas enfermidades. Aí, entram os antibióticos e pesticidas, que permanecem nos corpos dos animais, e que são alegremente consumidos no churrasco de domingo na casa do tio ou na Ceia de Natal, porque não?

Se não bastasse toda a química e alimentação artificial a que os animais são submetidos, quem come a carne “come” também o estresse, o medo, a ansiedade, e a extenuação dos animais. Uma vaca sabe que vai morrer e sente muito medo antes de ser abatida… E se nós refletirmos que “somos o que comemos”, bem…

Mas as pessoas dizem… “é muito difícil parar de comer carne”, “fui criado(a) tendo a carne como base da minha alimentação”. É realmente complicado mudar uma dieta, e já li que para a maioria das pessoas, mudar a dieta é quase como mudar de religião ou time de futebol – tendo em vista que são coisas que fazem parte da criação familiar. Mas difícil não quer dizer impossível… E normalmente, o que é bom para sua evolução (independente de em qual aspecto da vida) não vem fácil. Então, pode-se dizer que ser difícil é um bom sinal…

Penso que se uma pessoa não consegue nem se sensibilizar com a dor ou o sofrimento de outro ser vivo, com o que mais poderá se sensibilizar??? Dizer que o consumo de carne é “fundamental” não é verdade para a maioria das pessoas. Salvo os casos de doenças específicas e outras exceções (mas que ainda assim não justifica toda essa demanda absurda já comentada), não há nada real que impeça a diminuição ou o abandono da ingestão de carne. É possível substituí-la por alternativas menos sofridas e sangrentas e ter tanta ou mais qualidade de vida que se tinha anteriormente. Você só não vai ver tanta propaganda sobre essas alternativas porque elas são bem menos lucrativas (afinal você mesmo pode plantar verduras ou ervas por exemplo) – tanto na sua produção como nos seus efeitos: se você se alimenta bem, você vive melhor, adoece menos… entende?
Enfim. Fazer a escolha de adotar uma dieta vegetariana, ou que ao menos reduza o consumo da carne ou não seja focada nesta, diz muito sobre que tipo de ser humano se é ou quer se tornar. E aqui prefiro não entrar no mérito do que é mais ou menos espiritual, porque não é bem esse o foco principal. Mas preciso frisar que a partir do momento que uma pessoa se torna verdadeiramente mais sensível ou mais espiritual, os hábitos alimentares seguem a mudança… Ou dizendo melhor: a partir do momento em que uma pessoa começa a se dar conta de que é, na realidade, em essência, um ser sensível, espiritual, não há como ser de outra forma, a dieta irá se modificar naturalmente… E isso não é algo que se convence ou argumenta a alguém para fazer. É uma conscientização individual, um amadurecimento… Mas não deve ser esse – “ser mais espiritual” – o objetivo aqui. O objetivo é evitar, na medida em que se pode fazê-lo, o máximo que puder de causar ou contribuir para o sofrimento de outros seres.

E  a grande questão do vegetarianismo, a meu ver é: quem você é? Que tipo de ser humano você quer ser?


Prato de ‘carne humana’ denuncia crueldade contra animais


Ativista nua em um prato simula ser um pedaço de carne em frente a um mercado em Barcelona
Um prato gigante sobre o qual jaz um corpo nu de uma voluntária, acompanhada de diferentes guarnições e sangue simulado, foi a performance que a AnimaNaturalis realizou nesta quinta-feira em frente a um mercado de Barcelona para sensibilizar os consumidores carnívoros.

Apesar do frio, uma integrante da organização internacional de defesa dos direitos dos animais se ofereceu como voluntária para simular um gigantesco prato de carne humana, no que foi o primeiro ato deste tipo realizado na Espanha e que será seguido por eventos semelhantes em Valência (leste) e em Palma de Mallorca (Baleares).

Um cartaz onde era possível ler “Quanta crueldade você é capaz de engolir?” acompanhava a inovadora performance, “com a qual iniciamos uma campanha para sensibilizar as pessoas para que não comam carne”, explicou à AFP Aída Gastín, diretora da AnimaNaturalis na Espanha.

“Todos os anos fazemos uma campanha de Natal porque se supõe que as pessoas estão mais sensíveis e pensam nos animais”, acrescentou.

A crueldade é apenas uma, não entende de espécies, não discrimina entre animais humanos e animais não humanos. Hoje em dia, o consumo de carne é um costume do qual se pode prescindir perfeitamente“, comenta Alba Mangado, coordenadora de Campanhas da AnimaNaturalis.
Anualmente, a indústria de carne mata mais de 50 bilhões de animais para servir como comida, e grande parte destas mortes ocorrem no Natal, segundo os dados fornecidos pela organização de defesa dos animais.

Fundada em março de 2003, esta organização internacional dedicada a estabelecer, difundir e proteger os direitos de todos os animais conta com uma ampla representação tanto na Espanha quando na maioria dos países da América Latina.

Fonte: AFP
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O simbolismo do Natal

É claro que este é um evento maravilhoso, sobre o qual urge meditar profundamente…
O Sol realiza a cada ano uma viagem elíptica que começa no dia 25 de dezembro, e então regressa ao pólo sul, até a região da Antártida; exatamente por isto vale a pena refletirmos em seu significado profundo.
Nesta época começa o frio aqui no norte, devido exatamente ao fato de que o Sol vai se afastando para as regiões austrais e, no dia 24 de dezembro, terá atingido o ponto máximo de sua viagem na direção sul. Se o Sol não avançasse rumo ao norte do dia 25 de dezembro em diante, morreríamos de frio.
A Terra inteira se converteria em um bloco de gelo e realmente pereceriam todas as criaturas, tudo o que tem vida.
Assim, vale a pena refletir sobre o acontecimento do Natal. O Cristo-Sol deve avançar para dar-nos vida, e, no equinócio da Primavera, se crucifica na Terra; então amadurecem a uva e o trigo.
É precisamente na Primavera que o Senhor deve passar por sua vida, paixão e morte, para logo ressuscitar; a Semana Santa é na Primavera no Hemisfério Norte.
O Sol físico nada mais é que um símbolo do Sol Espiritual, do Cristo-Sol. Quando os antigos adoravam o Sol, quando lhe rendiam culto, não se referiam exatamente ao Sol físico; rendia-se culto ao Sol Espiritual, ao Sol da Meia-Noite, ao Cristo-Sol. Inquestionavelmente, é o Cristo-Sol quem deve guiar-nos nos Mundos Superiores de Consciência Cósmica. Todo místico que aprende a funcionar fora do corpo físico à vontade é guiado pelo Sol da Meia-Noite, pelo Cristo Cósmico.
É preciso aprender a conhecer os movimentos simbólicos do Sol da Meia-Noite; é ele quem guia o Iniciado, quem nos orienta, ele é que nos indica o que devemos e não devemos fazer. Estou falando no sentido esotérico mais profundo, levando em conta que todo Iniciado sabe sair do corpo físico à vontade, que isto de não saber sair à vontade é próprio de principiantes, gente que ainda está dando os primeiros passos nesses estudos. Se alguém está na Senda, tem que saber guiar-se pelo Sol da Meia-Noite, pelo Cristo-Sol, aprender a reconhecer seus sinais, seus movimentos. Se o vemos, por exemplo, desaparecer no ocaso, o que é que isto nos indica ? Simplesmente que algo deve morrer em nós. Se o vemos surgir do Oriente, o que é que isto nos diz ? Que alguma coisa deve nascer em nós.
Quando nos saímos bem nas provas esotéricas, ele brilha em sua plenitude no horizonte. O Senhor nos orienta nos Mundos Superiores, e temos que aprender a reconhecer seus sinais.
Dupuis e muitos outros estudaram o maravilhoso acontecimento do Natal; não há dúvida, e isto o reconhece Dupuis, de que todas as religiões da antiguidade celebraram o Natal.
Assim como o Sol físico avança para o norte para dar vida a toda a criação, também o Sol da Meia-Noite, o Sol do Espírito, o Cristo-Sol, nos dá vida se aprendemos a cumprir com seus mandamentos.Nas Sagradas Escrituras se fala, obviamente, do acontecimento solar, e há que saber entender isto nas entrelinhas. A cada ano se vive no Macrocosmos todo o Drama Cósmico do Sol; cada ano, repito.
Leve-se em conta que o Cristo-Sol deve crucificar-se cada ano no mundo, viver todo o drama de sua vida, paixão e morte, para logo ressuscitar em tudo o que é, foi e será, quer dizer, em toda a criação. Assim, pois, é como todos nós recebemos a vida do Cristo-Sol. Também é certo que cada ano o Sol, ao afastar-se para a região Austral, nos deixa tristes aqui no norte, pois vai dar vida a outras partes. As noites longas de inverno são fortes. Na época do Natal os dias são curtos e as noites longas.
Vamos refletindo sobre tudo isto, e convém que entendamos o que é o Drama Cósmico. É necessário que também em nós nasça o Cristo-Sol, ele deve nascer em nós. Nas Sagradas Escrituras se fala claramente de Belém e de um estábulo onde ele nasce; esse estábulo de Belém está dentro de cada um aqui e agora; precisamente nesse estábulo interior moram os animais do desejo, todos esses “eus ” passionais que carregamos em nossa psique, isto é óbvio. “Belém” mesmo é um nome esotérico; nos tempos em que o grande Kabir veio ao mundo, a aldeia de Belém não existia, de modo que isto é inteiramente simbólico. Bel é uma raiz caldéia que significa Torre do Fogo, de modo que, propriamente dito, Belém é Torre do Fogo. Quem poderia ignorar que Bel é um termo caldeu que corresponde precisamente à Torre de Bel, à Torre do Fogo ? Assim, o termo Belém é totalmente simbólico.
Quando o Iniciado trabalha com o Fogo Sagrado, quando elimina completamente de sua natureza íntima os agregados psíquicos, quando de verdade está realizando a Grande Obra, indubitavelmente há de passar pela Iniciação Venusta; a descida do Cristo ao coração do homem é um acontecimento cósmico e humano de grande transcendência; tal evento corresponde na verdade à Iniciação Venusta. Infelizmente, não se compreendeu realmente o que é o Cristo; muitos supõem que o Cristo foi exclusivamente Jesus de Nazaré, e estão equivocados. Jesus de Nazaré, como homem – ou, melhor dizendo, Jeshuá ben Pandirá – recebeu, como homem, a Iniciação Venusta, encarnou o Cristo, mas não é o único a ter recebido tal Iniciação. Hermes Trimegisto, o três vezes grande Deus Íbis de Thot, também O encarnou. João Batista, a quem muitos consideravam como o Christus, o Ungido, inquestionavelmente recebeu a Iniciação Venusta, encarnou-O. Os Gnósticos Batistas asseguravam na Terra Santa que o verdadeiro Messias era João, e que Jesus era somente um Iniciado que havia querido seguir a João. Havia naquela época disputas entre Batistas, Gnósticos, Essênios e outros.
Devemos entender o Cristo tal qual é, não como uma pessoa, como um indivíduo. O Cristo está mais além da Personalidade, do Eu e da Individualidade. Cristo em esoterismo autêntico é o Logos, o Logos Solar representado pelo Sol. Agora compreenderemos porque os Incas adoravam o Sol, os Nahuas lhe rendiam culto, os Maias, os Egípcios, etc. Não se trata da adoração a um sol físico, mas ao que se oculta atrás deste símbolo físico; obviamente, adorava-se o Logos Solar, o Segundo Logos. Este Logos Solar é unidade múltipla perfeita. A variedade é unidade. No mundo do Cristo Cósmico a individualidade separada não existe; no Senhor somos todos um…
Me vem à memória certa experiência, digamos, esotérica, realizada há muitos anos. Então, submergido em profunda meditação, obtive certamente o Samadhi, o estado de Mantéia, o Êxtase, como é chamado no esoterismo ocidental. Naquela ocasião eu desejava saber algo sobre o batismo de Jesus, o Cristo, pois bem sabemos que João o batizou. Foi profundo o estado de abstração, obtive o perfeito Dharana, ou seja, concentração, o Dhyana, ou meditação, e por fim consegui o Samadhi; me atreveria a dizer que foi um Maha-Samadhi, porque abandonei perfeitamente os corpos Físico, Astral, Mental, Causal, Búdico e até o Átmico. Consegui, pois, reabsorver minha consciência de forma íntegra no Logos. Assim, nesse estado logoico, como um Dragão de Sabedoria, fiz a correspondente investigação. De imediato me vi na Terra Santa, dentro de um templo; mas, coisa extraordinária, vi a mim mesmo convertido em João Batista, com uma vestimenta sagrada; vi quando traziam a Jesus com sua veste branca, sua túnica branca.
Dirigindo-me a Ele, disse: “Jesus, despe tua túnica, tua vestimenta, pois vou batizar-te”. Depois retirei de um recipiente um pouco de azeite de oliva, conduzi-O ao interior do Santuário, ungi-O com o óleo, despejei água sobre Ele e recitei os mantrams e ritos. Depois, o Mestre se sentou em sua cadeira à parte; eu guardei tudo novamente, pus os objetos em seus lugares e dei por terminada a cerimônia. Mas vi-me transformado em João!
É claro que, uma vez passado o Êxtase, o Samadhi, pensei: “Mas como é possível que eu seja João Batista? Nem remotamente, eu não sou João Batista! Fiquei bastante perplexo e pensei: “Vou fazer agora outra concentração, mas agora não vou me concentrar em João, vou concentrar-me em Jesus de Nazaré”. Então escolhi como motivo da concentração o Grande Mestre Jesus. O trabalho foi longo e árduo, a concentração foi se fazendo cada vez mais profunda; logo passei do Dharana – concentração, ao Dhyana – meditação, e deste ao Sammadhi, ou Êxtase. Fiz um esforço supremo que me permitiu despir-me dos corpos Físico, Astral, Mental, Causal, Búdico e Átmico até introverter minha consciência, absorvendo-a no mundo do Logos Solar, e, em tal estado, querendo saber sobre o Cristo Jesus, me vi a mim mesmo convertido em Cristo Jesus, fazendo milagres e maravilhas na Terra Santa, curando os enfermos, dando vista aos cegos, etc., e, por último, me vi vestido com as vestes sagradas chegando ante João naquele Templo. Então João se dirigiu a mim e disse: “Jesus, retira tua vestimenta, pois vou batizar-te”. Trocaram-se os papéis, já não me vi transformado em João mas em Jesus, e recebi o batismo de João.
Passado o Samadhi, regressando ao corpo físico, vim a constatar perfeitamente, com toda a clareza, que no mundo do Cristo Cósmico somos todos um. Se eu tivesse querido meditar em qualquer um de vocês, lá no mundo do Logos, me teria visto transformado em um de vocês, vivendo sua vida, já que lá não há individualidade, não há personalidade nem Eu; ali somos todos o Cristo, ali somos todos João, ali todos somos o Buda, ali somos todos um; no mundo do Logos não existe a individualidade separada.
O Logos é Unidade Múltipla Perfeita, é uma energia que se move e palpita em todo o criado, que subjaz em todo átomo, em todo elétron, em todo próton, e se expressa vivamente através de qualquer homem que esteja devidamente preparado.
Bem, este esclarecimento teve como objetivo explicar melhor o acontecimento de Belém. Quando um homem está devidamente preparado, passa pela Iniciação Venusta – mas, esclareço, deve estar devidamente preparado – e na Iniciação Venusta consegue a encarnação do Cristo Cósmico em si mesmo, dentro de sua própria natureza.
Inutilmente teria Jesus nascido em Belém se não nascesse em nosso coração também. Inutilmente teria morrido e ressuscitado na Terra Santa, se não morre e ressuscita em nós também. Esta é a natureza do “Salvator Salvandus”. O Cristo Íntimo deve salvar-nos, mas salvar-nos desde dentro, a todos nós. Aqueles que aguardam a vinda de Jesus de Nazaré para um futuro remoto estão equivocados; o Cristo deve vir agora desde dentro, a segunda vinda do Senhor é desde dentro, desde o próprio fundo da Consciência.
Por isto está escrito o que Ele disse: “Se ouvires alguém dizendo na praça pública que é Cristo, não o creiais, e se disserem “Ele está ali no Templo predicando”, não o creiais”. É que o Senhor não virá desta vez de fora mas de dentro, virá desde o próprio fundo de nosso coração, se nós nos prepararmos. Paulo nos esclarece dizendo: “De sua virtude tomamos todos, graça por graça”. Então, está documentado; se estudarmos cuidadosamente Paulo de Tarso, veremos que raramente alude ao Cristo histórico; cada vez que Paulo de Tarso fala sobre Jesus Cristo, refere-se ao Jesus Cristo Interior, ao Jesus Cristo Íntimo que deve surgir do fundo de nosso Espírito, de nossa Alma. Enquanto um homem não O tenha encarnado, não se pode dizer que possua a Vida Eterna, só Ele pode tirar nossa Alma do Hades, só Ele pode verdadeiramente dar-nos vida, e em abundância. Assim, pois, devemos ser menos dogmáticos e aprender a pensar no Cristo Íntimo, isto seria grandioso…
Todo o simbolismo relacionado com o nascimento de Jesus é alquímico e cabalístico. Diz-se que três Reis Magos vieram adorá-lo, guiados por uma estrela; este trecho não pode ser compreendido, falando francamente, se não se for versado em alquimia, porque é alquímico. Que são essa estrela e esses Reis Magos? E eu vos digo que essa estrela não é outra coisa que o Selo de Salomão, a estrela de seis pontas, símbolo do Logos Solar. O triângulo superior representa obviamente o Enxofre, ou seja, o Fogo. E o inferior, o que representa em Alquimia? O Mercúrio, a Água; mas a que tipo de água se referem os Alquimistas? Dizem eles: “A Água Que Não Molha as Mãos, o Úmido Radical Metálico”, em outras palavras, o Exiohehari.
Ele nasce no estábulo de nosso próprio corpo dentro do qual temos todos os animais do desejo, das paixões inferiores. Ele tem que crescer, desenvolver-se ascendendo pelos diversos graus até converter-se num Homem entre os homens, tomar a seu cargo todos os nossos processos mentais, volitivos, sexuais, emocionais, etc., passar por um homem comum. Mesmo sendo o Cristo um Ser tão perfeito, um Homem que não peca, ainda assim deve viver como um pecador entre pecadores, um desconhecido entre outros desconhecidos; esta é a crua realidade dos fatos.
Mas (o Cristo) vai crescendo, vai-se desenvolvendo à medida que elimina em si mesmo os elementos indesejáveis que levamos dentro. É tal sua integração conosco que lança toda a responsabilidade sobre seus ombros. Converteu-se num pecador como nós, não sendo Ele um pecador – sentindo em carne e osso as tentações, vivendo como um homem qualquer.
E assim, pouco a pouco, à medida que vai eliminando os elementos indesejáveis de nossa Psique, não como algo alheio ou estranho mas como algo próprio Dele, vai se desenvolvendo no interior de nós mesmos; isto precisamente é o maravilhoso. Se não fosse assim, seria impossível realizar a Grande Obra. É Ele quem tem de eliminar todo esse Mercúrio Seco, todo esse Enxofre venenoso, para que os Corpos Existenciais Superiores do Ser possam converter-se em veículos de Ouro Puro, Ouro da melhor qualidade.
Os Três Reis Magos que vieram adorar o Menino representam as cores da Grande Obra.
A primeira cor é o Negro, quando estamos aperfeiçoando o corpo. Isto, repito, simboliza o Corvo Negro da Morte, é a Obra de Saturno simbolizada pelo Rei Mago de cor negra; então passamos por uma morte, a morte de nossos desejos, paixões, etc., no Mundo Astral.
A seguir vem a pomba Branca, isto é, o momento em que já desintegramos todos os Eus do Mundo Astral; adquirimos então o direito de usar a túnica de linho branco, a túnica do Phtah egípcio, a túnica de Ísis; evidentemente esta cor é simbolizada pela Pomba Branca; este é ainda o segundo dos Reis, o Rei Branco.
Já bastante avançado no aperfeiçoamento do Corpo Astral, apareceria a cor Amarela, ou seja, conquistaria o direito à túnica Amarela; então aparece a Águia Amarela, o que nos recorda o terceiro dos Reis Magos, que é da raça amarela.
Finalmente, a coroação da Obra é a Púrpura. Quando um corpo, seja o Astral, o Mental ou o Causal, já se tornou de Ouro Puro, recebe a púrpura dos Reis, porque triunfou. Assim, como podem ver, os Três Reis Magos não são três indivíduos, como muitos acreditam, mas símbolos das cores fundamentais da Grande Obra, e o próprio Jesus Cristo vive dentro. Jesus em hebraico é Jeshuá; Jeshuá significa Salvador, e, como Salvador, nosso Jeshuá particular tem de nascer neste estábulo que temos dentro de nós para realizar a Grande Obra; Ele é o Magnésio Interior do Laboratório Alquimista. O grande Mestre deve surgir no fundo de nossa Alma, de nosso Espírito.
O mais duro para o Cristo Íntimo, após seu nascimento no coração do Homem, é precisamente o Drama Cósmico, sua Via-Crucis. No Evangelho as multidões aparecem pedindo a crucificação do Senhor; essas não são multidões de ontem, de um passado remoto, como se supõe, de algo que ocorreu há 1975 (ano em que este texto foi escrito) anos. Não, senhores, essas multidões estão dentro de nós mesmos, são nossos famosos “Eus”; dentro de cada pessoa moram milhares de pessoas, o “Eu do ódio”, o “Eu tenho ciúmes”, o “Eu sinto inveja”, o “Eu da cobiça”, ou seja, todos os nossos defeitos, e cada defeito é um “Eu” diferente. É claro que essas multidões que trazemos dentro de nós, que são nossos famosos “Eus”, são os que gritam: “Crucifiquem-nO, crucifiquem-nO!”.
Quanto aos Três Traidores, já sabemos que no Evangelho Crístico são Judas, Pilatos e Caifás. Quem é Judas? O Demônio do Desejo. Quem é Pilatos? O Demônio da Mente. Quem é Caifás? O Demônio da Má Vontade.
Mas é preciso esclarecer isto, para que se possa compreendê-lo melhor. Judas, o Demônio do Desejo, troca o Cristo Íntimo por trinta moedas de prata : 30 (3 – 0), 3, esta é a alusão cabalística, ou seja, troca-O pelas coisas materiais, pelo dinheiro, pela bebida, pelo luxo, pelos prazeres animais, etc.
Quanto a Pilatos, é o Demônio da Mente; este sempre “lava as mãos”, nunca tem culpa, para tudo encontra uma evasiva ou justificativa, jamais se sente responsável.
Realmente, estamos sempre justificando todos os defeitos psicológicos que temos em nosso interior, jamais nos julgamos culpáveis.
Muita gente me diz: “Acredito ser uma boa pessoa; eu não mato, não roubo, sou caridoso, não sou invejoso”, ou seja, são todos cheios de virtude, perfeitos, segundo eles próprios; “ignoto”, é o que tenho a dizer ante tanta perfeição.
Assim, olhando as coisas como são, em seu cru realismo, esse Pilatos sempre lava as mãos, nunca se considera culpado.
Quanto a Caifás, francamente o considero o mais perverso de todos. Pensem no que representa Caifás: muitas vezes o Cristo Íntimo nomeia um Sacerdote, um Mestre ou Iniciado para que guie suas ovelhas e as apascente, lhe entrega a autoridade e o põe à frente de uma congregação, e o tal Sacerdote, Mestre, Iniciado, etc., em vez de guiar seu povo sabiamente, vende os Sacramentos, prostitui o Altar, fornica com as devotas, etc. – ou seja, trai o Cristo Interno, isto é o que faz Caifás.
É doloroso isto? É claro, é horrível, é uma traição do tipo mais sujo que há, e não há dúvida de que muitas religiões se prostituíram e muitos sacerdotes traíram o Cristo Íntimo; não me refiro a nenhuma seita em particular, mas a todas as religiões do mundo. É possível que haja grupos esotéricos dirigidos por verdadeiros Iniciados, e que estes, muitas vezes traidores, tenham traído o Cristo Íntimo.
Tudo isto é doloroso, infinitamente doloroso. Caifás é o que há de mais sujo. Estes três traidores levam o Cristo Íntimo ao suplício.
Pensem por um instante no Cristo Íntimo no mais profundo de cada um de vocês, senhor de todos os processos mentais e emocionais, lutando por salvá-los, sofrendo terrivelmente; os próprios Eus de vocês protestando contra Ele, blasfemando, pondo-Lhe a coroa de espinhos, açoitando-O. Bem, esta é a crua realidade dos fatos, este é o Drama Cósmico vivido interiormente.
Finalmente, este Cristo Íntimo subiria ao Calvário, isto é óbvio, e baixa ao sepulcro, com sua morte mata a morte, isto é a última coisa que faz. Posteriormente ressuscita no Iniciado e o Iniciado ressuscita n’Ele.
Então a Grande Obra está realizada, “consummatum est”. Assim têm surgido através dos séculos Mestres Ressurrectos; lembremos um Hermes Trimegisto, um Moria, grande Mestre da Força do Tibet, lembremos o Conde Cagliostro, que ainda vive, e Saint-Germain, que em 1939 visitou outra vez a Europa. Este Saint-Germain trabalhou ativamente nos séculos 17, 18 e 19 e, entretanto, continua a existir fisicamente, é um Mestre Ressurrecto.
Por que são Mestres Ressurrectos? Porque, graças ao Cristo Íntimo, obtiveram a Ressurreição. Sem o Cristo Íntimo, a Ressurreição não seria possível.
Aqueles que supõem que pelo simples fato de morrer fisicamente alguém já tem direito à Ressurreição dos Mortos são realmente dignos de compaixão; falando outra vez em estilo socrático, não apenas ignoram mas, o que é ainda pior, ignoram que ignoram.
A Ressurreição é algo pelo qual se tem de trabalhar, e trabalhar aqui e agora, e é preciso ressuscitar em carne e osso (e ao vivo). A Imortalidade deve-se conseguí-la agora mesmo, pessoalmente; assim se deve considerar todo o Mistério Crístico.
Todo o Drama Cósmico é em si mesmo extraordinário, maravilhoso, e se inicia realmente com o Natal do Coração.
O que vem a seguir relacionado com o Drama, a fuga para o Egito, quando Herodes manda matar todos os meninos e Ele tem de fugir, tudo é simbólico, totalmente simbólico.
Dizem (num Evangelho Apócrifo) que Jesus, José e Maria tiveram de fugir para o Egito, tendo permanecido vários dias vivendo sob uma figueira, e que desta figueira saiu um manancial de água puríssima – é preciso saber compreender isto : esta figueira representa sempre o sexo; dizem ainda que se alimentavam do fruto desta figueira, os frutos da Árvore da Ciência do Bem e do Mal. A água que corria puríssima, que saía desta figueira, é nada menos que o Mercúrio da Filosofia Secreta.
Quanto à decapitação dos inocentes, muito se tem escrito sobre isso. Nicolas Flamel deixou gravadas nas portas do cemitério de Paris cenas retratando a degola dos inocentes. Por que essa cruel degola dos inocentes? Não obstante, isto é também muito alquímico, todo Iniciado tem de passar pela decapitação.
Mas o que é que o Cristo Íntimo tem de decapitar em nós? Simplesmente deve degolar o Ego, o Eu, o Si Mesmo, e o sangue que emana da decapitação é o Fogo, é o Fogo Sagrado pelo qual o Iniciado tem de purificar-se, limpar-se, branquear-se; tudo isso é profundamente esotérico, nada pode ser tomado “ao pé da letra”.
A seguir vêm os feitos milagrosos do grande Mestre. Caminhava sobre as águas, [como] sobre as Águas da Vida tem de caminhar o Cristo Íntimo. Abrir a visão dos que não vêem, predicando a palavra para que vejam a luz; abrir os ouvidos dos que não querem ouvir, para que escutem a palavra.
Quando o Senhor já cresceu no Iniciado, tem de tomar a palavra e explicar a outros o que é o caminho, limpar os leprosos; não há ninguém que não esteja leproso, essa lepra é o Eu pluralizado, essa é a epidemia que todos levam dentro de si, a lepra da qual devemos ser limpos.
Os que estão paralíticos não caminham ainda pela Senda da Auto-Realização, o Filho do Homem deve curar os paralíticos para que andem rumo à montanha do Ser.
Há que compreender tudo isto de forma mais íntima, mais profunda; isto não corresponde a um passado remoto, é para ser vivido dentro de nós mesmos aqui e agora.
Se começamos a amadurecer um pouquinho, saberemos apreciar melhor a mensagem que o Grande Kabir Jesus trouxe à Terra.
Em todo caso, precisamos passar por Três Purificações, à base de ferro e fogo – este é o significado dos Três Cravos da Cruz. E a palavra INRI diz muito. Já sabemos que INRI esotericamente é o Fogo; necessitamos passar pelas Três Purificações à base de ferro e fogo antes de conseguir a Ressurreição, do contrário seria impossível lográ-la.
Aquele que ressuscita se transforma radicalmente, se converte num Deus-Homem, é um Hierofante da estatura de um Hermes, um Quetzalcoatl ou um Buda.
Mas é necessário fazer a Grande Obra. Realmente, não se poderia entender os quatro Evangelhos se não se estudasse Alquimia e Cabala, porque [os Evangelhos] são alquimistas e cabalistas, isto é óbvio.
Os judeus tinham três livros sagrados. O primeiro é o corpo da doutrina, a Bíblia. O segundo é a alma da doutrina, o Talmud, no qual está a alma nacional judaica. E o terceiro é o espírito da doutrina, o Zohar, onde está toda a Cabala dos rabinos.
A Bíblia, o corpo da doutrina, está escrita sob chave. Se queremos estudar a Bíblia “compaginando versículos”, procedemos de forma ignorante, empírica e absurda.
Prova disto é que todas as seitas mortas que, até a época atual, se nutriram da Bíblia interpretada de forma empírica, não puderam entrar em acordo. Se existem milhares de seitas baseadas na Bíblia, quer dizer que nenhuma delas a compreendeu.
As chaves para a interpretação estão no Zohar, escrito por Simeon Ben Iochai, o grande rabino iluminado. Aí encontramos as chaves para interpretar a Bíblia. Então, é necessário “abrir” o Zohar.
Se queremos saber algo sobre o Cristo, sobre o Filho do Homem, devemos estudar a Árvore da Vida…
V.M. Samael Aun Weor