sábado, 25 de fevereiro de 2012

Linguagem pode fazer “ver o invisível”, diz estudo

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O seu mundo é do tamanho do seu vocabulário…
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Um estudo da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, indica que a linguagem pode fazer coisas “invisíveis” ficarem mais fáceis de serem vistas. Segundo a pesquisa, dizer o nome de algo pode ajudar a ver aquela coisa mais facilmente. As informações são do Live Science.
A pesquisa reuniu estudantes da universidade aos quais foram mostradas várias letras, uma de cada vez, por apenas 53 milésimos de segundo – que pode ser muito pouco tempo para o cérebro decifrar o que vê. Contudo, quando os voluntários ouviam qual letra iria ser mostrada antes, a chance de vê-la aumentava 10%.
A melhora parece óbvia, mas o resultado foi testado: no meio das imagens regulares, eram mostradas imagens de outra letra, e não aquela anunciada – e a melhora não ocorreu. Além disso, em alguns momentos não era mostrada letra nenhuma, para testar se os participantes não iriam “ver” a letra anunciada, mesmo ela não tendo sido mostrada.
mundo de palavras
Segundo os pesquisadores, o resultado positivo curiosamente acontecia somente quando a letra era anunciada oralmente. Quando os pesquisadores mostravam a imagem da letra antes de mostrar a “invisível”, o efeito não era o mesmo. Os cientistas chegaram à conclusão de que sugestões verbais ajudam mais que as visuais porque estimulam uma área maior do cérebro para quando a imagem “invisível” for exibida.
Os resultados indicam que a linguagem pode literalmente mudar o que vemos. Além disso, diferentes línguas podem fazer com que as pessoas vejam o mundo de maneira diferente. “Um exemplo simples é quando alguém está procurando por algo – por exemplo, frutos em uma folhagem. Uma pessoa que fala uma língua que tem um nome para esse fruto terá uma vantagem em encontrá-lo do que uma pessoa que fala uma língua que não tem nome para o fruto”, diz o pesquisador Gary Lupyan, cientista cognitivo da universidade, à reportagem. “Aquela indicação verbal pode ativar a representação visual do fruto mais efetivamente do que sem usar o nome.”
Fonte: Terra

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