terça-feira, 23 de agosto de 2011

O que pensavam Marx e Josué de Castro sobre o crescimento populacional?

Publicado em fevereiro 27, 2011 por População Sustentavel
Josué de Castro não nega o crescimento populacional e julga que a melhor estratégia para reduzir a população é a eliminação da fome e da miséria. Ele avalia como correto o exato oposto do discurso Malthusiano e diz categoricamente: “O crescimento demográfico é que, na verdade, é o resultado da fome”.
Josué de Castro também acreditava que os elevados índices de mortalidade infantil estimulavam o aumento da taxa de natalidade e julga como a melhor estratégia para reduzir o crescimento populacional a melhoria das condições de saúde nos países mais pobres.
Josué de Castro desconstrói a teoria de Malthus desde seu fundamento mais básico que afirma que a população cresce em progressão geométrica. Para ele “o crescimento populacional deve ser analisado, não como um fenômeno isolado, mas como uma consequência de fatores políticos, econômicos e sociais”.
Josué de Castro também defendia a tese de que a carência de proteínas no organismo do ser humano aumentava a sua fertilidade. Uma tese que a princípio nos faz pensar que Josué de Castro havia enlouquecido, mas que tem confirmação em um estudo realizado por pesquisadores da Harvard Medical School, Escola de Medicina de Harvard e publicado, em 2007, no livro The Fertility Diet (A Dieta da Fertilidade), que orienta mulheres a reduzir o consumo de proteínas animal e vegetal, entre outros alimentos, para estimular a ovulação.
Se Karl Marx estivesse vivo também não negaria a superpopulação, não diria que a população mundial é mal distribuída. Ele afirmaria que o crescimento demográfico é o resultado do modelo capitalista. Em seu Das Kapital, ele afirma: “superpopulação relativa é, portanto, o eixo sobre o qual funciona a lei da oferta e da procura da mão de obra”. Afinal, a quem interessa o crescimento populacional? Marx acreditava que o capitalismo necessita de mão de obra abundante e barata e dizia em tom de chacota: “Até mesmo Malthus reconhece na superpopulação – que ele em sua visão estreita interpreta como consequência do excessivo crescimento absoluto da população trabalhadora, e não de esta ter sido tornada relativamente redundante – uma necessidade da indústria moderna”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário