sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Lição 15 curso de expanssão da consciencia


Em nossa aula anterior abordamos um dos temas transcendentais das Escolas Filosóficas, a dissolução do Eu, trabalho difícil porém não impossível. Trabalho de Titãs, similar aos realizados por Hércules, o herói mitológico, cuja simbologia revisamos em nossos estudos esotéricos e esclarecemos para melhor compreensão das verdades veladas. OS 12 TRABALHOS DE HÉRCULES, protótipo do homem autêntico, indicam o caminho secreto que nos há de conduzir aos graus de mestres perfeitos.
O primeiro trabalho de Hércules é a CAPTURA E MORTE DO LEÃO DA NEMÉIA: a força dos instintos e paixões incontroláveis que tudo devasta e devora.
O segundo, é a DESTRUIÇÃO DA HIDRA DE LERNA, monstro simbólico de origem imortal, dotado de nove cabeças ameaçantes, que se regeneravam cada vez que eram destruídas, ameaçando rebanhos e colheitas. Dura briga na qual o herói Solar se faz acompanhar por “YOLAO”, seu guru e inspirador, cujo notável papel é similar ao de Krisna em sua relação com Arjuna. Essa Hidra polifacética é uma imagem alegórica que personifica a mente com todos seus defeitos psicológicos.
A terceira façanha de Hércules, refere-se à captura de dois animais: um suave e veloz – a CERVA CERINITA; o outro turbulento e ameaçador – o JAVALI DE ERIMANTEA. A cerva sagrada de pés de bronze e chifres de ouro é identificada como DIANA e disputada por Apolo, o Deus do Fogo, onde pode-se ver claramente a Alma Humana, o Manas Superior da Teosofia. O terrível javali, perverso como nenhum outro, é o símbolo vivente de todas as baixas paixões humanas. O requisito indispensável para todo iniciado, alcançar o plano causal – dimensão correspondente à alma humana – é eliminar e reduzir à poeira cósmica, o javali psicológico.
O quarto trabalho de Hércules foi a limpeza DOS ESTÁBULOS DE AUGIAS, Rei da Elida, segundo a Mitologia simbólica, cuja filha, conhecedora dos segredos das plantas, compunha com elas mágicas beberagens. Em tais estábulos (viva representação simbólica de nosso próprios fundos subconscientes, submergidos), hospedava inumeráveis rebanhos (esses múltiplos agregados psíquicos bestiais, que constituem o Ego), havendo entre eles doces e cândidos touros alegorizando o Karma Zodiacal, onde se haviam acumulado as sujeiras de várias gerações. Indiscutivelmente, esse trabalho de Hércules deveria ser realizado em um só dia. dizem as velhas tradições, que se perdem na noite dos séculos, que o conseguiu desviando as águas de um rio para inunda-lo (trabalho com as águas seminais).
O quinto trabalho de Hércules foi a caça e destruição das AVES ANTROPÓFAGAS, viva representação de muitos Eus inconscientes que todo ser humano leva dentro de si, com tendência para a Magia Negra.
O sexto trabalho de Hércules foi a transcendental CAPTURA DO TOURO DE CRETA, que havia sido remetido a Minos pelo Deus Netuno, para que o oferecessem em sacrifício, porém o Rei cobiçoso o reteve indevidamente para si e, em conseqüência, o animal tornou-se espantoso e ameaçador, aterrorizando a todo o país. Ao auto-explorar-se psicologicamente em suas profundezas inconscientes, todo discípulo que almeja o Mestrado, encontrará a Besta, que nada mais é que um terrível defeito, que se não for destruído o impedirá de realizar seu almejado trabalho.
O sétimo trabalho de Hércules é a CAPTURA DAS ÉGUAS DE DIOMEDES, filho de Marte e Rei do povo guerreiro dos Bistonios, que matavam e comiam os náufragos que chegavam às suas costas. Hércules e seus companheiros só conseguiram apoderar-se dessas bestas depois de feroz combate com os Bistonios, que se juntaram a Diomedes para defender suas posses. Essas fêmeas antropófagas são representativas dos elementos infra-humanos passionais, submersos profundamente nos abismos inconscientes, sempre dispostos a degradar ainda mais os fracassados.
A oitava façanha de Hércules é a MORTE DO LADRÃO CACO. É a viva representação do iniciado oscilando em terríveis batalhas contra si mesmo (contra seus eus psicológicos). O ladrão Caco escondido na tenebrosa cova do inconsciente humano rouba sutilmente o Hidrogênio Si 12, valioso elemento indispensável para o trabalho esotérico transcendental. Não é de se estranhar a assombrosa semelhança com a simbologia Cristã, do mal ladrão em oposição ao bom ladrão, ambos ao lado de Jesus.
O nono trabalho de Hércules foi a CONQUISTA DO CINTO DE HIPÓLITA, rainha das Amazonas, que é a conquista do aspecto feminino de nossa natureza interior. Embarcando com outros heróis legendários, teve que lutar primeiro com os filhos de Minos e logo após com os inimigos do Rei Licos cujo exótico nome recorda a analogia entre o lobo e a luz, tratando-se pois dos Senhores do Karma, com os quais devemos recompor nosso débitos e créditos. Finalmente Hércules combate as amazonas, incitadas por Hera, quando Hipolita havia consentido em ceder-lhe o cinto pacificamente, o qual tem assombrosa semelhança com outro simbolismo – o “Velocino de Ouro” dos antigos, preciosa conquista dos Mestres, que mais tarde esclareceremos.
O décimo trabalho de Hércules, o grande herói solar, foi a conquista do REBANHO DE GERION, matando seu proprietário e depois enfrentando seus guardiões: os cães Ortros e Eurition. Este insólito acontecimento teve como cenário a ilha de Eritia (a vermelha), além do Oceano Atlântico, habitada por seres gigantescos, personificados claramente pelo mesmo Tricepete Gerion, que foi abatido por suas flechas mortíferas, depois de seu vaqueiro e cães serem abatidos por sua clava.
A 11ª façanha de Hércules teve lugar no domínio transatlântico, consistindo em apropriar-se das MAÇÃS DAS HESPÉRIDES, as Ninfas, filhas de Héspero.
O 12º trabalho de Hércules, foi certamente imposto por seu irmão, ou seja, por seu resplandescente “Protótipo Divinal”. Indiscutivelmente dito trabalho consistia em tirar de seu domínio plutônico o Cão Tricipete, que o guardava. Tendo entrado na morada dos mortos (o subconsciente humano) trata primeiro de apropriar-se do mesmo Aidoneo, que lhe permite levar o cão com a condição de que o domine sem armas; o qual foi primeiro pego pela cauda de dragão e logo pelo pescoço até quase afoga-lo. Hermes o guia no caminho de regresso e depois que o Cão Cérbero foi mostrado a Micenas, o deixou livre para que regressasse a seu local.
Estes últimos trabalhos de Hércules estão relacionados com futuros ensinamentos que ministraremos a nossos discípulos oportunamente, comparando-os com as simbologias Cristãs, Asteca e Egípcia.
Continuando com nosso estudo do Eu Psicológico, convém fazermos algumas reflexões: Dissemos que o Eu teve um princípio e terá um fim. Dissemos também que na criança o Eu Psicológico espera seu lento crescimento para manifestar-se. Surgem então as seguintes perguntas: Quando a criança nasce acaso teria o EU PSICOLÓGICO existência anterior? Onde estava? De que matéria seria formado? Também dissemos que cada uma dessas entidades necessita de um centro positivo para ter existência, uma partícula de ESSÊNCIA, que está repartida entre os milhares de Eus de nosso corpo. Quando se formaram esses Eus? O ser humano está em condições de criar defeitos ou eus todo o tempo. Sem dúvidas, há Eus muito antigos, anteriores ao nascimento do corpo físico. Fatos são fatos e ante os fatos não há outro remédio senão aceitá-los. Veja a criança, que sem nenhum ensinamento, manifesta a Ira, a Mesquinhez, a Cobiça, embora esteja na época em que é considerada inocente. E que diremos das famosas VOCAÇÕES? Porque uns vem com uma vocação acentuada e outros não? Será por alguma injustiça Divina que alguns tenham vocações lucrativas e outros não, apesar de belas porém não servem para a sobrevivência? De onde surgem as vocações? Porque alguns não as possuem ou não conseguem descobri-las? A que causa obedecem os defeitos físicos congênitos? É claro que não nos referimos às causas biológicas ou hereditárias, já que estas têm suas explicações clínicas, embora, em verdade, são efeitos de outras causas, em si mesma. Freqüentemente vemos pessoas dizendo, quando estão passando por alguma pena moral: Por que Deus, sendo um Deus de Amor, permite que aconteça estas coisas?
E que diremos dos meninos prodígios? Qual a causa fundamental de seu extraordinário conhecimento e experiência em determinada ciência ou arte? Não caberia aqui o famoso adágio que diz: “Mais sabe o diabo por velhice que por diabo”? Sugerimos a nossos discípulos que reflexionem detidamente no que expusemos e sem fanatismos de nenhuma espécie, com mente aberta, investigadora, nem aceitem cegamente, nem rechacem dogmaticamente o que expusermos. Simplesmente reflitam, analisem e comprovem utilizando as chaves que damos neste curso.
Na Literatura Esoterista afirma-se erradamente que a todo ser humano é dotado de milhões de vidas ou reencarnações até chegar à perfeição, porém este conceito é falso porque a cada ser humano é dado um determinado número de existências, de acordo com a Lei de Número, Medida e Peso.
Realmente é dado a cada ser humano apenas 108 (cento e oito) vidas, representadas na simbologia oriental pelas 108 contas do colar de Buda.
Os Brahmanes simbolizam o ciclo de vidas sucessivas com o Ritual da Vaca Sagrada, dando 108 voltas litúrgicas ao redor da citada Vaca e rezando com um colar de 108 contas, as mágicas palavras ON MANI PADME YOM.
O mundo oriental não ignora a lei do RETORNO a qual estão sujeitos todos os seres humanos. No mundo ocidental pouca gente a conhece, apesar de ser mencionada na Simbologia Cristã, várias vezes, quase a descoberto. Lembremos a referência que faz o Mestre Jesus acerca de João Batista: “Ele é aquele Elias que haveria de vir”. E logo adiante: “O que tem ouvidos para ouvir, ouça”. Este esclarecimento foi feito por Jesus, quando as pessoas faziam perguntas acerca das existências passadas dele e de João Batista, e algum tempo depois ele perguntou a seus discípulos: “Quem dizem que sou?” E seus discípulos responderam: “Alguns dizem  és Elias, outros Jeremias ou algum dos profetas”. “E vocês, que dizem que sou?” Pedro contesta: “Tu és Cristo, o filho de Deus Vivo”. Nota-se que todo o mundo, inclusive o Mestre e seus discípulos, reconheciam a Lei do Retorno.
Porém, isto foi esquecido no ocidente, assim como outras coisas. A Lei do Retorno existe, como o prova o ressurgimento do Eu da Ira na criança, do Eu da Cobiça, etc., e outros defeitos desenvolvidos na vida passada.
A vocação que manifesta cada ser humano, nada mais é que a experiência vivida em determinada Arte ou Ciência, numa existência anterior. Quando essa vocação é exercida em várias vidas sucessivas, nas quais o indivíduo vai adquirindo cada vez mais experiência, especializando-se cada vez mais em sua vocação, chega a ser tão manifesta, que nos próximos curtos anos de uma nova existência, se dá a conhecer o que comumente chama-se “a criança prodígio”. Nota-se que esse tipo de criança não conhece várias ciências ou artes, senão somente uma, na qual se especializou em existências anteriores. Não sucede o mesmo quando a pessoa dedica-se a distintas ocupações; não se especializa em nenhuma e assim transcorre toda sua vida. Morre e depois de algum tempo volta a nascer com a conseqüente desvantagem de não conseguir descobrir sua vocação, pois nenhuma o atrai.
O perfil psicológico do agonizante penetra, juntamente com o zoosperma, no óvulo, no instante da concepção, isto é, existe uma união psíquica entre a pessoa que hoje desencarna e a criança que será concebida dentro de algum tempo. A desintegração dos elementos do velho corpo origina uma vibração que permanece invisível através do tempo e do espaço; esta vibração traz o desenho do homem que agonizou, assim como a onda de uma estação transmissora de televisão leva a imagem invisível da pessoa que atua e que, recebida num aparelho apropriado, se torna visível a quilômetros.
O ovo fecundado é o órgão de recepção para o desenho psicológico de pessoa que morreu.
A Doutrina da Reencarnação foi mal interpretada por alguns pensadores esoteristas. Ela vem do culto à Krishna, antigo Avatar do Indostão, que viveu há 3.000 anos, tendo sido adulterada pelos reformadores. No culto de Krishna diz-se sabiamente que só os Mestres se Reencarnam, porém as diversas Escolas Esotéricas propagaram esta idéia, a qual, com o passar dos séculos foi degenerando, de tal modo que atualmente diz-se que TODO ser humano se reencarna. Uma coisa é a REENCARNAÇÃO e a outra é o RETORNO. A Lei do Retorno é para todo ser humano, para toda Essência envolvida pelo Ego, para quem não construiu ainda seus veículos solares. A Lei do Retorno é uma Lei mecânica e todo ser humano comum e corrente está envolvido pela mecanicidade, no círculo vicioso de mortes e nascimentos. O animal intelectual (homem) não pode mudar as circunstâncias, sendo vítima delas, tudo sucedeu-lhe como quando chove ou troveja; tem a ilusão de que faz, porém não tem poder para fazer, tudo sucede através dele.
Os Mestres não estão sujeitos à Lei do Retorno, pois saíram da mecanicidade. Quando os Mestres necessitam cumprir alguma missão específica na Escola da vida, REENCARNAM. Pode reencarnar quando quiser, quando necessitar, pois não estão mais sujeitos à mecanicidade do retorno vicioso. A reencarnação implica numa INDIVIDUALIDADE REENCARNANTE e se tal individualidade não existe, então não há tal reencarnação. O Ego é um conjunto de entidades distintas, diversas, que nem sequer se conhecem entre si; isso não é individualidade e dizer que estas entidades reencarnam é incorreto. É melhor dizer que EU PLURALIZADO regressa, se reincorpora, retorna a este vale de lágrimas. O Ego continua em nossos descendentes, ou seja, nós retornamos dentro da mesma família, nos distintos ramos familiares.
Há pessoas que ao visitar determinados lugares lhes parece tão familiar, tão conhecido, “como se já houvesse estado ali antes”, como se tivessem vivido ali em época passada. Há muitos relatos sobre “lembranças” de vidas passadas. Um deles é de uma criança, na França, que assegurava ter esposo e filhos numa povoação vizinha. Quando um jornalista interessou-se pelo caso, compareceu ao local indicado, juntamente com os parentes da menina, e guiados por sua indicação, chegaram à casa, sua antiga morada e, conforme descrições prévias, encontraram o proprietário viúvo e seus filhos; todos concordaram com a descrição da menina. O dono da casa relatou como havia perecido sua esposa, num acidente, um ano antes do nascimento da menina, objeto do relato.
Um ser humano pode retornar imediatamente, como o pode fazer em qualquer tempo posterior, dependendo do que estipularem os Senhores da Lei, de acordo com o Karma e Darma de cada um. Por outra parte, no passado muitos alcançaram existências de 130 a 150 anos. Antigamente viviam mais tempo, de modo que não há um limite de tempo comum de vida para todos os seres humanos.
Existe outra Lei chamada de LEI DE RECORRÊNCIA, em que tudo volta a ocorrer tal como ocorreu mais as conseqüências do ciclo. As quatro estações do ano, o dia e a noite, a precessão dos equinócios, etc., tudo volta a ocorrer, cumprindo incessantemente seu ciclo particular. Tudo o que existe está dirigido pela sábia Lei da Recorrência. O Ser Humano não pode ser exceção. O ser humano repete sempre os mesmos dramas, as mesmas cenas, os mesmos acontecimentos em cada existência, agregando-lhe as experiências do ciclo. Cada vida é uma repetição da passada mais as conseqüências kármácias ou darmácias agradáveis ou desagradáveis. Neste vale de lágrimas existem homens-máquinas de repetição absoluta, tipos cem por cento mecanicistas, repetindo até os mais insignificantes detalhes de suas vidas precedentes. De acordo com a Lei de Recorrência encontramos novamente nosso velhos amigos e inimigos, sentindo repulsa ou atração. As pessoas do sexo oposto com as quais tivemos relações, voltamos a encontrá-las, podendo surgir os problemáticos “triângulos amorosos”. O marido que foi abandonado, agora abandona seu Lar. A pessoa que não consegue casar-se, em vida passada desprezou o matrimônio. As estéreis fizeram tudo para evitar filhos em vidas passadas. O filho que é maltratado pelos pais está vivendo a recorrência ao inverso. As leis de recorrência e de retorno combinam-se sabiamente, porém podemos livrar-nos delas, transcendê-las, mediante a força de Vontade e o conhecimento do funcionamento destas e outras leis, sobrepondo-nos a determinadas situações se prevermos que as mesmas podem nos trazer conseqüências dolorosas. É claro que isso implica em luta, em esforço, muitas vezes contra nós mesmos, porém ao longo do tempo nos favorece. Devemos recordar-nos das vidas passadas, a fim de evitarmos muitas ocorrências que deverão acontecer novamente.
Em posição de concentração, relaxar o corpo. Respirar rítmica e profundamente várias vezes. Depois respirar suavemente com inspirações e expirações curtas. Procure recordar todas as ações ocorridas durante o dia, com quem se encontrou, o que conversou, os lugares visitados. Tudo, desde o momento da prática, retrospectivamente, até o momento em que levantou-se, pela manhã, recordando todos os detalhes, como se assistisse a um filme, ao inverso.
Depois, continue recordando os dias anteriores de tua vida, do presente para o passado, retrospectivamente, de tua infância, dia após dia, ano após ano. Combine tal prática com o sono, de modo que deve ir sentindo-se sonolento, até que chegará o momento em que darás um salto para os últimos instantes de tua vida passada e assim sucessivamente.
Invoque o Mestre RA-HOOR-KHU, para que o auxilie e mostre tuas vidas passadas no Astral

Nenhum comentário:

Postar um comentário