quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Com 20 personalidades, britânica leva vida ‘normal’ com a filha

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A história de Kim Noble é um caso raro de “personalidade múltipla”, e claro, extremo. Guardadas as devidas proporções, todos somos “muitos” em um só corpo: possuímos vários “eus” (ou “máscaras”, ou “personas”)  para várias situações, que apresentamos de acordo com o momento e a conveniência. A grande diferença é que não vivemos esses eus como “identidades singulares” propriamente ditas – que possuem nomes próprios por exemplo -, os vivemos e encaramos apenas como “partes” diferentes de nós mesmos. Mas continua sendo uma legião habitando um corpo… O que torna ainda mais interessante quando alguém, por algum motivo, vive esses eus como se fossem “pessoas únicas”, o que é o caso dos que possuem o (suposto) Transtorno Dissociativo de Identidade.
Kim encontrou um modo de lidar com sua condição ao se voltar para a pintura em tela. Inclusive, a maioria das “personalidades” que ela possui, gosta de pintar. Segundo John Morton, um dos médicos que diagnosticou o transtorno em Kim, apenas uma das personalidades aceita o “distúrbio”. Nenhuma das outras parece reconhecer a existência real de outras personalidades no mesmo corpo.
Quem se interessar, pode ver algumas pinturas das várias personalidades de Kim, 
Evidentemente, nem todos os cientistas reconhecem essa condição como um “Transtorno” psiquiátrico genuíno.  Muitos acreditam que não passa de um “fingimento” de alguém que na verdade tem uma memória muito boa, mas que cria uma “personalidade diferente” para não se responsabilizar por atos que “normalmente” não teria coragem de cometer…
É algo que dá o que pensar…
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Aos 51 anos, uma mulher britânica precisa conciliar seu trabalho como pintora, o papel de mãe e suas múltiplas personalidades que podem se manifestar a qualquer momento. Kim Noble geralmente acorda como Patricia, sua personalidade dominante, mas pode se transformar em Ken, um jovem deprimido, em Salome, uma católica fervorosa, em Abi, uma solteira em busca de amor, ou em qualquer das vinte personalidades que ela manifesta. Kim foi diagnosticada com Transtorno Dissociativo de Identidade, de acordo com informações do jornal Daily Mail.
Há mais de seis anos, Patricia é a personalidade que mais aparece, mas pelo menos três outras se manifestam diariamente. Cada uma delas não sabe o que a outra faz, apesar de saberem da existência de todas graças às constantes sessões de terapia que Kim atende com um psiquiatra. As mudanças de personalidade são súbitas. Kim fecha os olhos, o rosto se contorce em algumas caretas, e ela “acorda” como outra pessoa. A transformação pode ocorrer no mercado, enquanto ela dirige, no meio de uma refeição, a qualquer momento. Sua filha, hoje com 14 anos, já está completamente acostumada com a condição da mãe.

Kim Noble e sua filha Aimee
Kim não se lembra da gravidez, nem de ter dado à luz. Por seu transtorno, a filha foi retirada de seus cuidados logo após o nascimento. O trauma da separação fez Kim criar uma personalidade só para armazenar e bloquear a recordação do momento. Após seis meses, entretanto, a criança foi devolvida à mãe já que nenhuma das personalidades de Kim era uma ameaça ao bebê.
Psiquiatras acreditam que a personalidade múltipla é justamente uma maneira de compartimentar más memórias no cérebro, para que a pessoa possa evitá-las. A britânica provavelmente sofreu graves traumas na infância, e desde os primeiros anos de vida apresentava comportamentos estranhos. Na puberdade, ela começou as consultas com psiquiatras e, aos 20 anos, foi diagnosticada por engano como esquizofrênica. Apenas com mais de 30 anos, ela descobriu ter o Transtorno Dissociativo de Identidade. Hoje, a personalidade Patricia tenta comandar a vida de todas as outras, chegando a deixar recados e enviar e-mails para as outras personalidades. Ela pinta quadros, escreveu um livro e tenta conciliar as diferentes pessoas que vivem dentro de si.
Fonte: Terra

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